O Plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (21), por 57 votos a 10, o nome do desembargador Kassio Nunes Marques para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Mais cedo, o nome do magistrado já havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça em uma sessão de mais de 9 horas e perguntas de mais de 30 senadores.

Agora Ministro do STF / Kassio Nunes Marques

Agora, o Senado enviará uma mensagem ao presidente Jair Bolsonaro informando a aprovação de Kassio Nunes Marques para o STF. A expectativa é que já na manhã desta quinta (22) saia a nomeação do desembargador, assinada por Bolsonaro, na publicação no Diário Oficial da União. Após isso, Marques já poderá assumir o cargo na Corte.  Atual desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Marques foi indicado por Bolsonaro para a vaga aberta com a aposentadoria de Celso de Mello.

Na sabatina, Kassio Marques respondeu a perguntas feitas pelos senadores sobre o currículo do desembargador, além de ter sido questionado sobre assuntos polêmicos, como foro privilegiado, prisão após condenação em segunda instância, descriminalização do aborto, porte de drogas, combate à corrupção e Operação Lava Jato.

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Ao ser questionado sobre seu posicionamento sobre a Lava Jato, ele disse não ter nada contra qualquer operação no país, cabendo ao Judiciário promover “ajustes” quando houver descumprimento das leis e da Constituição. Ele também afirmou ser capaz de decidir em casos de grande repercussão, “sem receio do que será publicado que será publicado amanhã ou de como as pessoas irão encará-lo em ambientes sociais.”

Ele também fez uma defesa do “garantismo” — visto como contraponto ao “punitivismo” por fazer uma interpretação da legislação que contemple os direitos individuais e de defesa. “Eu percebo que há uma certa preocupação com o garantismo por causa da lava jato. O garantismo não é sinônimo de leniência no combate à corrupção. Absolutamente. O garantismo judicial é tão somente dar ao cidadão brasileiro, seja ele quem for, a garantia de que ele percorrerá o devido processo legal e legítima defesa”, afirmou.

Quem é

Marques nasceu em Teresina, no Piauí, em 16 de maio de 1972. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Piauí, especializou-se em Processo e Direito Tributário, pela Universidade Federal do Ceará, fez mestrado pela Universidade Autônoma de Lisboa e cursa doutorado na mesma instituição.

Como tem 48 anos de idade, ele poderá passar 27 anos como ministro do Supremo — a data de aposentadoria compulsória hoje é de 75 anos. O desembargador é católico e de perfil conservador.

Na carreira de advogado, ocupou diversos cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Piauí, e foi suplente do Conselho Federal da OAB.

Ainda no Conselho Federal, integrou a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política. Em maio de 2008, tornou-se juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI)

Marques assumiu o cargo de desembargador federal no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em 12 de maio de 2011, no governo de DIlma Rousseff, após a aposentadoria do desembargador federal Carlos Fernando Mathias de Souza.

No TRF da 1ª Região ele integrou a 1ª Turma da 1ª Seção – composta de seis magistrados –, responsável, essencialmente, pelo julgamento de processos na área previdenciária.

Fonte: CNN Brasil / Por Larissa Rodrigues, em Brasília

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