A cidade de Valença do Piaui, inclusa no Território de Desenvolvimento do Vale do Rio Sambito(São Victor) e na mesorregião centro norte piauiense, guarda no seu contexto histórico cultural um acervo bastante significativo tanto no patrimônio material como no imaterial. Elencar as referências é viajar do mundo real ao imaginário.

Se por um lado, encontramos vestígios de uma civilização pré histórica nos sítios arqueológicos em Buritizal, Pai Pedro, Tanques, Santa Rosa, Comboeiro, Almesqueiras, Corrente, Gameleira e Cachoeira da Fazenda Velha. Por outro lado surge um novo atrativo na localidade Ponta D’água, com vestígios diferenciados em forma de círculos na cor branca e contornado de vermelho forte quase vinho.

Por falar em Ponta D’água, na mesma região, fora encontrado uma pegada de um ser vivo, não identificada ainda, se incluso entre o grupo humano ou de animal selvagem. Daí ser necessário um estudo para saber se pertence a arqueologia e/ou a paleontologia.

O certo que a “pegada” estar fincada numa rocha, um local bem pitoresco na localidade. Nos entorno existem pinturas rupestres na policromia anteriormente citada. O local já fora visitado há 7 anos pela Arqueóloga Dra Síria Emereciana a quem coube o primeiro registro técnico fotográfico do atrativo.

Embora, notícias fornecidas por moradores da localidade já povoaram a memória de cada um. Lembrando que este registro técnico fotográfico da Dra Síria Emereciana, fez parte de uma exposição fotográfica em 2015 numa edição do Salivapi (Salao do Livro de Valenca do Piaui), numa das salas do Colégio Santo Antônio, organizada pela Produtora Cultural Marleide Lins e Dra Síria Emereciana.

Lembrando também que no período da primeira visitação técnica a comunidade Ponta D’água, fomos ciceroniados pelos condutores de visitantes, Professora Dalva e Kleiton, ex aluno do Colégio Santo Antônio e grande conhecedor da região da Ponta D’água e adjacências.

As informações sobre os atrativos da Ponta D’água, somados aos outros atrativos, como as nascentes do Rio Tranqueira, que dá início ao Vale do referido rio às sequência de Brejos(sitios) indo até a confluência no Rio Sambito, faz da Ponta D’água um espaço em nosso município de grande valor historico e cultural . A história nos aponta a Data Bebedouro, ainda no século XVIII, cujo espaço geográfico como parte das terras de Antônio Soares da Silva.

Os vestígios arqueológicos nos faz entender que a existência humana é bem mais remota na localidade e esta pegada encontrada nos faz entender através da paleontologia que a comunidade Ponta D’água, é sim uma referência na História, na Arqueologia e também na Paleontologia, mas para isso precisamos de pesquisadores da área para encontrarem na Ciência a comprovação.

Enquanto isso, a comunidade festeja seu padroeiro Sao Pedro, no final do mês de junho, cuja capela entra no rol das mais belas do município, pela organização e traços arquitetônicos. Porém, é no Santuário da Antônia Dina, mais conhecida por Antônia Mesquita, onde o visitante encontra um misto entre fé e Devoção através da simplicidade, do espaço e a grandiosidade da fé repassada pela Devota Antônia Dina, e os ensinamentos da fé cristã, transmitida pelas pessoas que participam da Devoção popular.

Uma herança herdada de seus ancestrais, onde o simples se transforma em belo, porque a fé é o devocionario no santuário da Antônia Mesquista, vem do vento que sopra e balança as árvores.Das pedras, cuja energia aquece é reabastece o corpo. Das imagens religiosas cristãs.

Da água pura da fonte colocada em potes de barro com base em pedras puras e limpas da região algumas propensas entrarem no rol das que contém magnetismo, ou mesmo pelo balançar da palha de buriti que balança nas proximidades das nascentes do Rio Tranqueira no espaço Baixa Fria.

Dia 30 de novembro de 2022, a comunidade Ponta D’água, recebeu oficialmente o primeiro turista para conhecer os atrativos e especificamente a pegada.O visitante, fora Flávio Castro Moreira, proveniente da cidade de Recife(PE), uma vez que estava visitando cidades do Pará, Maranhão e Valenca entrou no roteiro de viagem.

Aqui, visitou a Ponta D’água, Buritizal, Almesqueiras, o Casarão da Fazenda Saco, o Centro Histórico, o Espaco Cultural Progênie de Mãe Luiza Caboré(situado no Bairro Lavanderia) e a Ladeira da Apertada Hora, na Estrada do João Pires, onde a lenda se mistura com a Historia, levando em conta o Cortejo fúnebre do Luis Carlos da Serra Negra, ter tido um destino lá.

Na Ponta D’água, até o local das pinturas e da pegada, o turista Flávio Castro Moreira, fora guiado pela Profa Dalva Sousa e Kleiton Pereira, moradores na comunidade sede. Somos gratos pela visita em nome da Gestão Marcelo Costa, da Secretaria de Cultura, Lília Cavalcante, do Diretor de Eventos Culturais e Turísticos, Dário Lucena.

Eu(Prof Antônio José Mambenga) e o Diego Moura, como guias de turismo local, fizemos nossa parte na certeza de que o Turismo, é sim uma dos pilares para o desenvolvimento de um município.

Avante Valenca! E como diz a Profa Etevalda Oliveira, “…..Valenca, não é só a minha cidade, é a terra que eu amo…”

Texto e Fotos: Prof. Antonio José Mambenga

Por: Redação valencaonline.com

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