A produção de minério de ferro da Vale teve um crescimento de 4,3% em 2015, na comparação com o ano anterior, alcançando o recorde de 345,9 milhões de toneladas, informou a empresa nesta quinta-feira (18).

O volume inclui a compra de minério de ferro de terceiros e exclui a produção da Samarco (joint venture com a BHP Billiton). Neste último caso, a Vale tem direito sobre 50% do que é produzido pela companhia.

Com o rompimento da barragem de Mariana (MG) em novembro passado, a Samarco produziu 3,5% menos em 2015. Foram 12,7 milhões de toneladas produzidas (considerando a parcela da Vale), informou o relatório da Vale.

Mesmo somando-se o desempenho da Samarco —cálculo que a mineradora não costuma adotar no relatório de produção—, o resultado teria sido de crescimento da produção da Vale em 2015.

Isoladamente no quarto trimestre, o fraco resultado da Samarco é o que mais chama atenção. Houve queda de 59,3% na produção ante igual período de 2014. Isso porque a empresa parou com o rompimento da barragem.

Segundo a Vale, o acidente acabou afetando sua própria produção de minério em Mariana. O volume produzido foi 34,2% menor no quarto trimestre de 2015 frente ao mesmo período do ano anterior.

Apesar disso, a produção de minério de ferro cresceu 2,9% no quatro trimestre, para 85,4 milhões de toneladas. Isso porque a empresa buscou compensar a perda em outras minas.

“Ações mitigatórias foram imediatamente implementadas para melhorar a performance em outras operações, permitindo à Vale atingir suas metas planejadas de produção para o quatro trimestre”, informou a Vale no relatório.

PREÇOS

O aumento da produção ocorre num momento em que os preços do minério de ferro estão em baixa no mercado internacional, resultado do excesso de oferta do produto e desaceleração da economia chinesa.

Para enfrentar a crise, a Vale tem focado sua produção em minas mais rentáveis, como a de Carajás, no Pará. A principal mina da companhia produziu 8,3% a mais. Foram 129,5 milhões de toneladas, um recorde.

Em Carajás, o teor médio produto é de 65,2% de minério de ferro. É um minério, portanto, de maior qualidade.

Por outro lado, as minas consideradas menos rentáveis seguem em declínio de produção. É o caso de Corumbá, em Minas Gerais, com queda de 25% na produção no ano passado, para 2,8 milhões de toneladas.

OUTROS PRODUTOS

Além do minério de ferro, a Vale conseguiu bater recorde de produção em atividades como níquel (291 mil toneladas produzidas), cobre (423 mil toneladas) e ouro (420 mil onças), informou a companhia em relatório.

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Fonte: Folha de São Paulo

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