Já passa de 25 mil o número de vítimas do terremoto, que atingiu a Turquia e a Síria na madrugada da última 2ª feira. O enviado especial à capital turca Adana, Sergio Utsch, acompanhou o dia de buscas por sobreviventes em uma das regiões mais atingidas pelo tremor.

Tão gigantesca quanto a tragédia que atingiu o país tem sido a vontade de ser mais forte do que ela. Em Nurdagi, um corredor humano levou as 5 pessoas de uma mesma família dos escombros para a ambulância.

Em Malatya, a professora de 72 anos também foi resgatada. Assim como a menina de 4 anos, em Karabacak. Cada resgate, de cada ser ainda vivo, é uma grande vitória de quem tem visto, com cada vez menos frequência, o que de pior os escombros podem revelar.

Em Adana, a persistência. As buscas exigem muita paciência, profissionais especializados e maquinário. “Para vocês verem a precariedade que é: eles estão trabalhando ali com uma luz, que é a luz deste guindaste. Tem uma outra luz lá em cima. Daqui a pouco, vai ficar escuro, e é isso que eles têm para trabalhar, essas duas luzes artificiais, porque parte da cidade, obviamente, está sem energia”, relata Sergio Utsch.

Em uma tragédia dessa magnitude, existem várias maneiras de lutar. É preciso trazer comida, é preciso facilitar a comunicação das pessoas, é preciso manter as pessoas aquecidas no frio intenso, é preciso de pequenos e grandiosos gestos.

E mesmo quem perdeu quase tudo acha disposição para dividir o restinho que ficou. Naquela parte do mundo, dividir chá é sinônimo de respeito e carinho, lição que se aprende muito cedo.

Agora, em um hospital em Harem, na Síria, a pequena Jinan, de apenas 5 anos, talvez ainda não tenha ideia de que seu carinho e cuidado foram o alimento que o irmão mais novo precisava para sobreviver, por dias, debaixo dos escombros.

Fonte: Cidadeverde.com 

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