O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo dos autos no processo no qual o ex-governador e ex-deputado federal do Piauí Hugo Napoleão é citado como beneficiário de doações de campanha feitas pela construtora Odebrecht. Conforme as delações, o ex-político teria recebido o valor de R$ 200 mil, divididos em R$ 100 mil para as eleições em 2010 e igual valor para o pleito de 2014.

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Atendendo ao pedido do procurador geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Fachin também determinou o envio da cópia das delações de ex-executivos da empreiteira para a Justiça Federal no Piauí e para o Procuradoria da República no estado.

O ex-governador Hugo Napoleão afirmou para o PI TV 1º Edição que recebeu a doação, mas que não há inquérito, nem processo e denúncia sobre seu nome.

Nesta terça-feira (11), o ministro Edson Fachin autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. Os pedidos se baseiam na chamada lista de Janot, feita com base em delações de ex-executivos da Odebrecht.

Entre os alvos dos novos inquéritos, estão três políticos piauienses: osenador Ciro Nogueira (PP) e os deputados federais Paes Landim (PTB) e Heráclito Fortes (PSB). Os três parlamentares foram procurados pelo G1, no entanto, apenas dois se pronunciaram. Veja abaixo:

Heráclito Fortes

A defesa do deputado afirma que “não tem conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não pode, portanto, se manifestar acerca da reportagem do jornal O Estado de São Paulo sem ser leviano e especulativo”.

Paes Landim

“Ao contrário do divulgado pelo Estadão, o deputado Paes Landim não foi incluído na lista de Fachin. O Ministro determinou que o seu caso, juntamente com outros 07, fosse enviado de volta à PGR, para uma nova avaliação. Cumpre destacar que as menções até então feitas ao deputado foram realizadas pelo senhor Claudio Melo Filho, que afirmou expressamente q a Construtora fez doação ao deputado em razão de um pronunciamento que fizera quando do falecimento de seu pai – que também era piauiense – e do seu bom trânsito no Congresso, e não como forma de pagamento de propina, ou em razão de qualquer demanda que tenha contado com a ajuda ou simpatia de Landim. O deputado confirma o recebimento da doação, que se encontra registrada em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral em dois recibos eleitorais, de números 014100600000PI000030 e 014100600000PI000036. Portanto, conforme determinava, à época, a legislação eleitoral”.

Fonte:G1PI

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