O ator Silvero Pereira está em Teresina para apresentar o espetáculo BR-Trans. A peça será apresentada neste sábado (6) dentro da programação do Confluências do Teatro Brasileiro, no Theatro 4 de Setembro, 19h. A direção é de Jezebel Carli.
Em entrevista ao Cidadeverde.com, o ator confessou que está nervoso e “ansioso” para se apresentar. Desde o início da pandemia é a primeira vez que Silvero Pereira volta ao palco de um teatro com público presencial.
Em BR-Trans, Silvero Pereira faz um monólogo dramática, que reúne vivências de mais de 10 anos do artista. São histórias reais e ficcionais que o ator vivenciou no movimento LGBTQIA+ durante a produção da peça. O espetáculo foi produzido em 2012 e já foi eleito, em 2015, umas das 10 melhores peças de teatro do Brasil.
“É um trabalho que foi produzido em 2012 quando participei de um projeto do Ministério Da Cultura chamado Interações Estéticas. Uma bolsa onde eu ,cearense, tive que sair do meu estado e fique seis meses no Rio Grande do Sul. A ideia era trabalhar em uma região diferente da sua. Fui para lá ficar seis meses para uma montar uma peça de como tinha sido minha vivência dentro do movimento LGBTQIA+ nos últimos 10 anos da mina vida”, conta Silvero.
10 anos de vivências
O monólogo revisita as experiências de Silvero no eixo Rio Grande do Sul e Ceará e é um “misto” de histórias catalogadas com vivências reais do ator.
“De 2002 a 2012 fui fazer uma revisitada sobre a minha experiência dentro da minha aceitação enquanto as histórias que eu estava me envolvendo e percebendo de superação, violências, problemas, sucesso, enfim. Fui pegando essas histórias e catalogando. A peça é sobre como o Silvero vê essas questões no tempo de hoje, no caso em 2012. Como isso atravessava o Silvero , como isso mudou meu pensamento e quebrou bastante meu preconceito sobre esse universo e me transformou em uma pessoa ainda mais empoderada e com vontade de lutar pelas causas da minha comunidade”, ressalta.
Na programação do Confluências do Teatro Brasileiro, em Teresina, Silvero Pereira também vai participar da mesa redonda Teatro LGBTQIA+: Perspectivas e Desafios. Será no sábado no Centro de Artesanato Mestre Dezinho.
“Não existo que existe uma arte LGBTQIA+ assim como não existe uma arte hétero. Acho que existe arte. Quando a gente opta por um determinado termo é muito mais pela nossa necessidade, pelos gatilhos que envolvem a nossa comunidade de tentar através da arte provocar um processo de educação, transformação da sociedade. A gente usa nosso ofício para contribuir para nossa sociedade ser mais respeitosa”, acrescenta.
Projetos
Para 2022, pelo menos três filmes com atuação de Silvero serão lançados. Ele também fará uma série na Netflix e o remake de Pantanal.
Fonte: Cidadeverde.com
