Por seis votos a três, a Câmara de Vereadores de Santa Rosa do Piauí decidiu afastar a vereadora Patrícia Fernanda (Progressistas), na sessão plenária de sexta-feira.(15). Ela é acusada de, supostamente, ter aplicado um golpe em um beneficiário do auxílio emergencial que está sendo pago pelo Governo Federal.

Segundo o presidente da Câmara, vereador Karlos Alberto Júnior, o afastamento da parlamentar é por tempo indeterminado, enquanto estiverem acontecendo as investigações.

“Ela foi afastada por quebra de decoro. Recebemos a denúncia de que ela está respondendo a uma ação no Ministério Público Federal por supostamente aplicar um golpe em um beneficiário do auxílio emergencial. Por maioria dos votos, os vereadores avaliam que ela pode ter usado da prerrogativa de vereadora para realizar a ação. Então, ela será avaliada por isso”, explicou Karlos Alberto Júnior.

Ainda na sessão de sexta-feira (14),  foi formada uma Comissão que irá analisar as denúncias apresentadas e dar seu parecer para ser levado para votação em plenário. A composisão da Comissão foi definida após sorteio, após dois vereadores, Everaldo Rodrigues e Renildo Bezerra, se absterem de participar.

Vereadora Patrícia Fernanda (Progressistas) – Foto: Reprodução/Facebook

Ao final, a Comissão será composta pelo vereadores Valdinar da Silva (presidente), Geraldo Soares (relator) e Ricardo Messias (membro).

O grupo terá até 90 dias para analisar as acusações e dar seu parecer que será levado ao plenário para votação. Se decidir que ela realmente utilizou do cargo para realizar o suposto golpe, ela será afastada do cargo. Caso contrário, ela retoma o cargo, o processo será arquivado e fica afastada a denúncia, por parte da Câmara, sobre quebra de decoro. Ela continua respondendo pelo processo no Ministério Público Federal”, diz nota divulgada pela Câmara dos Vereadores de Santa Rosa do Piauí.

Segundo a denúncia, a vereadora Patrícia Fernanda teria, supostamente,  se utilizado da confiança Gilberto Pereira para ficar com os R$ 600 do auxílio emergencial.

Ela teria ajudado o beneficiário a ter direito ao benefício, que foi solicitado ainda em abril. No entanto, até agora, o Gilberto  Pereira não teria recebido os valores.  Ao buscar informações sobre o depósito, o beneficiário  Gilberto Pereira  descobriu que as parcelas já estavam sendo pagas.

A denúncia foi encaminhada ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e também distribuída ao procurador federal Daniel Medeiros Santos, do Ministério Público Federal em Floriano, por se tratar de recursos federais.

No processo, foram anexadas documentos comprobatórios do possível golpe, inclusive extratos bancários que demonstram que a vereadora Patrícia Fernanda  teria, supostamente, pago, com a segunda parcela do benefício da vítima, três boletos, sendo um no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), outro no valor de R$ 207,00 (duzentos e sete reais) e ainda outro no valor de R$ 93,00 (noventa e três reais).

Já com a terceira parcela que foi creditada em 01 de julho de 2020, a vereadora Patrícia Fernanda teria, supostamente, feito um pagamento do tipo debito Elo (máquina de cartão de debito) no valor de R$ 600,00.

Fonte: Meionorte.com

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