O órgão alegou que há elementos suficientes para o mantimento da prisão. O MP ainda pede a expedição do mandado de prisão preventiva contra os suspeitos.

Na tarde desta segunda-feira (30), o Ministério Público do Piauí entrou com um pedido de reconsideração da decisão que soltou os presos suspeitos durante a apreensão de uma tonelada de cocaína e de duas aeronaves em Teresina e em Timon, no Maranhão, no dia 10 de dezembro deste ano.

O desembargador José de Ribamar Oliveira, na última quinta-feira (26), decidiu soltar André Luís de Oliveira Cajé Ferreira, Vagner Farabote Leite e Alexandro Vilela de Oliveira, três das setes pessoas presas durante as apreensões. O magistrado argumentou que não havia fatos necessários para a prisão em flagrante.

Entretanto, o MP alegou que há elementos suficientes para o mantimento da prisão. Além disso, o órgão argumentou que um dos suspeitos já é reincidente, pois foi verificado que André Luiz Cajé Ferreira possui um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça de São Paulo, também pelo crime de tráfico de drogas.

O Ministério Público pede ainda que seja expedido um mando de prisão preventiva contra os suspeitos, devido a permanência de todos os requisitos necessários.

Argumentos da decisão

Em entrevista à TV Clube, o desembargador José de Ribamar Oliveira argumentou que não houve flagrante e nem perseguição logo a prática de qualquer crime. Desse modo, ele informou que, por isso, decidiu não homologar o flagrante.

“Eles não foram encontrados com posse de bens que presumam ser os autores do delito. Eles não foram pegos em flagrante na prática delituosa e tão pouco foram perseguidos logo a prática de qualquer crime. Diante disso, o magistrado resolveu não homologar o flagrante desses três casos precisos. Nós não vimos outra saída que não a soltar, ou seja, conceder a liberdade para essas pessoas com as restrições que a lei impõe como se apresentar mensalmente ao juiz do processo, assinar um termo de compromisso que vai cumprir esses preceitos, justificar suas atividades”

As apreensões e prisões

A Polícia Civil do Piauí apreendeu uma quantidade de R$ 12 mil, duas aeronaves e mais de uma tonelada de cocaína pura no dia 10 de dezembro deste ano. Sete pessoas foram presas. As prisões aconteceram também em dois hotéis e em uma quitinete na Zona Norte de Teresina. A apreensão dos entorpecentes aconteceu em diversos pontos da capital. Segundo a Secretaria de Segurança, tratou-se da maior apreensão de cocaína na história do estado.

A polícia ainda informou que João da Cruz Marques, um dos presos, tentou comprar um sítio na Zona Leste de Teresina com esmeraldas, mas a imobiliária estranhou a forma de pagamento e local foi apenas alugado para o homem.

Os mais de mil quilos de cocaína apreendidos foram incinerados em uma cerâmica situada na Zona Sul de Teresina no dia 13 de dezembro. A Polícia Civil informou que a incineração foi feita logo para evitar que um contingente de policiais fosse usado apenas para vigiar a droga.

Foto: Rafaela Leal/G1 PIGreco apreendeu mais de uma tonelada de cocaína em Teresina — Foto: Rafaela Leal/G1 PIFonte: G1 PI 

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