O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, vai prestar depoimento à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), neste sábado (02), em Curitiba. Ele vai falar sobre as acusações que fez contra o presidente Jair Bolsonaro ao sair do governo.

Moro se antencipou ao prazo de cinco dias determinado pelo decano do Supremo Tribunal Federal, o ministro Celso de Mello, para que ele fosse ouvido pela PF.

A oitiva é a primeira medida tomada no inquérito aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar uma suposta tentativa de interferência na PF ou crime de denunciação caluniosa. O pedido para agilizar a data do depoimento foi feito por parlamentares da oposição.

Durante entrevista à Revista Veja, Moro afirmou ter provas para incriminar Bolsonaro e disse que as entregaria à Justiça. O ex-ministro acusou Bolsonaro de tentar interferir na autonominia da PF para ter acesso a relatórios de inteligência e a investigações em curso, o que não é permitido pela legislação.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na véspera do depoimento de Moro, que acontece neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido por cerca de três horas com o novo ministro da Justiça, André Mendonça, no Palácio da Alvorada.

Mendonça chegou acompanhado do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, por volta das 17h30. Os dois deixaram o local perto das 20h30 sem falar com a imprensa. O compromisso não constava na agenda oficial das autoridades.

Na última quinta-feira (30),  Celso de Mello determinou que o ex-ministro prestesse depoimento, em um prazo de cinco dias, sobre as acusações feitas contra Bolsonaro. Pela decisão, Moro deveria apresentar à Polícia Federal provas das acusações feitas contra o presidente.

Na sexta-feira (24), durante pronunciamento, Bolsonaro negou que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.

Fonte: Folha Vitória
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