O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chegou à Casa Rosada, sede da Presidência da Argentina, às 11h desta segunda-feira (23) para o encontro com seu homólogo, Alberto Fernández. Ambos estavam acompanhados de suas primeiras-damas.

Antes, Lula participou de uma cerimônia de entrega de flores em homenagem ao general José de San Martín, herói da independência local.

Lula e Janja chegaram em Buenos Aires ainda na noite de domingo (22) e foram diretamente para o hotel. Além da visita ao presidente argentino, Lula tem prevista nesta segunda uma bilateral com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro —que ainda não havia chegado ao país até o fim da manhã.

A partir de quarta-feira (25), Fernández será anfitrião da sétima edição da Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), atualmente presidida pela Argentina.

Ainda na noite desta terça, o brasileiro e o argentino assistirão juntos a um concerto no Centro Cultural Kirchner. As relações entre os dois principais parceiros do Mercosul estava adormecida devido à posição de isolamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Nós vamos retomar e acelerar novamente a relação”, disse Fernández em entrevista à Folha.

1ª viagem internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem nesta segunda-feira (23) as suas primeiras agendas públicas no exterior desde que tomou posse. Em Buenos Aires na companhia de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula pretende reaproximar o Brasil da nação vizinha em meio à motivação de recuperar a imagem do País lá fora ao longo do mandato. Ao longo das bilaterais, um assunto em foco: a possibilidade de criar, com a Argentina, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais.

O primeiro compromisso de Lula em Buenos Aires, que deve acontecer perto das 10h30, tem caráter simbólico. Será a entrega de flores aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha. Em seguida, o petista segue para reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na Casa Rosada. Como antecipou a reportagem, para além da moeda comum, estará em pauta a discussão sobre como levar gás de xisto da região de Vaca Muerta para o Brasil.

O único acordo formal já anunciado para a viagem será assinado logo em seguida, e envolve cooperação científica na Antártida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, está na comitiva de Lula. No mais, serão firmados apenas compromissos de pretensão de ajuda mútua em outras áreas, seguidos de uma declaração conjunta à imprensa. Na sexta-feira, o Itamaraty reconheceu que a visita à Argentina tem dimensão “claramente política”.

Após almoço com Fernández, a tarde de Lula será reservada a encontros com lideranças de direitos humanos, como o movimento Mães da Plaza de Mayo. Depois, segue para encontro com empresários locais no Museu do Bicentenário.

À noite, o presidente brasileiro participa de evento cultural no Centro Cultural Kirchner (CCK) batizado de “Concerto da Irmandade Argentino-brasileira”, com direito a uma exposição fotográfica sobre povos originários assinada por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula e secretário de audiovisual do governo brasileiro.

Para terça-feira, dia 24, estão previstas a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a realização de bilaterais com outros líderes mundiais, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Fonte: Cidadeverde.com

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