O governador Wellington Dias, decidiu, nesta segunda-feira (29) que só dará os 5% de reajuste salarial para os professores – referente à primeira parcela dos 11,36% reivindicados pela categoria, para quem estiver em sala de aula. O anuncio foi feito pelo secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva.

O objetivo, segundo o gestor, é não prejudicar o ano letivo em andamento e agilizar o funcionamento das escolas. A greve já dura 11 dias. “Essa primeira parcela será paga numa folha suplementar na próxima semana”, explica Franzé.

Segundo o governo, a primeira parcela de 5% seria retroativa a janeiro/2016. A segunda parcela, de 6,36%, seria paga em outubro/2016. Porém, após a proposta do Governo de reajuste parcelado para os professores do Estado, a categoria se manifestou contrária ao acordo. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte-PI), o professor Francisco das Chagas Oliveira, a proposta visa intimidar a categoria, que não colocará fim ao movimento grevista.  

“Essa é uma maneira de intimidar os professores que aderiram ao movimento. A greve continua e nós não vamos aceitar esse tipo de coisa. Assim fica difícil negociar. Não aceitamos o parcelamento, queremos o reajuste pago em uma única vez, com retroativo a janeiro, compensando as perdas salarias de técnicos administrativos da Educação”, disse. 

O professor destacou que a categoria fará uma manifestação na próxima quinta-feira (3) diante do prédio da Secretaria de Educação (Seduc). “Vamos mobilizar a todos, e mostrar que não estamos satisfeitos com a situação. O protesto começa a partir das 9 horas”, acrescentou.

De acordo com determinação do governador, quem desistir da greve e retornar ao trabalho recebe o pagamento também em folha suplementar na semana subsequente ao retorno. Wellington Dias determinou também que seja encaminhado à Assembleia Legislativa do Piauí, em regime de urgência, projeto alterando a tabela operacional dos servidores da educação e todos os outros servidores estaduais.

A ilegalidade da greve dos servidores da Educação já foi solicitada junto ao Tribunal de Justiça. Segundo o secretário Franzé, a partir de março, haverá desconto no contracheque dos servidores dos dias parados.

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Informações: Cidade Verde

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