O escrivão da Polícia Civil Raimundo Marques dos Santos Filho foi preso na segunda-feira (15) durante cumprimento de mandado de prisão pelo crime de estupro de vulnerável com condenação de mais de 24 anos de prisão.

A prisão é com base em um crime ocorrido no ano de 2015, quando ele foi denunciado pelo crime de estupro contra uma adolescente de 14 anos em um prostíbulo, onde segundo a denúncia, era um local que ele frequentava bastante. Ele foi condenado a 24 anos, seis meses e 18 dias em regime fechado, no ano de 2019, pelos crimes de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente, e por estupro de vulnerável.

Ele recorreu da decisão, e somente no ano de 2023 é que foi transitada e julgada a ação, ou seja, não cabendo mais recurso. A Polícia Civil então deu cumprimento ao mandado de prisão na segunda-feira na cidade de Barras, onde ele não apresentou resistência, e foi então encaminhado para a delegacia.

O escrivão passou por audiência de custódia e em decisão do dia 16 de abril, o juiz Jorge Cley Martins Vieira, da 1ª Vara da Comarca de Barras, afirmou que não teve ilegalidade na prisão, e determinou que Raimundo Marques seja encaminhado ao sistema prisional.

AUTORIZO A TRANSFERÊNCIA IMEDIATA DO PRESO AO ESTABELECIMENTO PRISIONAL ADEQUADO AO INÍCIO DO CUMPRIMENTO DE PENA DETERMINADO NA SENTENÇA DO PROCESSO QUE GEROU O MANDADO DE PRISÃO, NO BOJO DA QUAL CONSTA COMO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA O FECHADO”, AFIRMOU O JUIZ.

A Corregedoria da Polícia Civil informou que ainda não foi notificada sobre a prisão, e que por isso não pode se manifestar no momento sobre o caso.

Com o objetivo de suspender a condenação, a defesa do escrivão ingressou em fevereiro deste ano no Tribunal de Justiça com uma Revisão Criminal com pedido de instauração de incidente de sanidade mental, com alegação de que ele seria portador de transtorno mental grave, como esquizofrenia.

Prisão em 2015

Em 2015, o escrivão foi preso pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) pelo crime de corrupção. Na ocasião, ele era investigado de cobrar propinas que chegavam a R$ 300 para liberação de veículos apreendidos, por abordar investigados e solicitar vantagem pecuniária para não dar andamento a investigação policial, cobrança de propina de praticantes de jogos de azar, além outros ilícitos. Um servidor da Prefeitura de Barras também chegou a ser preso.

Afastamento por uso de viatura

Em janeiro de 2024, o secretário Chico Lucas afastou por 60 dias o policial por usar uma viatura para ir em uma casa de prostituição em Esperantina. O procedimento administrativo tinha sido aberto em abril de 2023.

Foto: Do Google/Crédito do autor

Fonte: Cidadeverde.com / Por: Bárbara Rodrigues

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