O Fla-Flu deste domingo (05) foi digno de uma final de campeonato no  Estádio Nilton Santos. Após cinco gols e duas viradas, o Fluminense  tomou empate por 3 a 3 do Flamengo na etapa final e precisou dos  pênaltis para conquistar a Taça Guanabara.

O  desenrolar do clássico foi digno de roteiro de cinema, com o Fluminense  abrindo contagem aos quatro minutos com Wellington Silva. William Arão  empatou aos oito, e Éverton virou aos 23. O Tricolor voltou a estar na  frente com Henrique Dourado e Lucas, mas Guerrero empatou em cobrança de  falta.

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O Fluminense volta a conquistar o troféu após cinco  anos. O título garante ao Tricolor uma vaga na semifinal do Campeonato  Carioca. A festa nas Laranjeiras deve durar até domingo (12), quando a  equipe abre a Taça Rio contra o Boavista. O Flamengo, por sua vez,  precisa esfriar a cabeça logo, pois estreia na Copa Libertadores contra o  San Lorenzo nesta quarta-feira (08).

Fluminense para no segundo tempo

O defesa tricolor, que ainda não tinha sofrido gols na Taça Guanabara, não repetiu bom desempenho. Os gols de William Arão e Éverton saíram muito por culpa da má marcação, que deixou Guerrero livre duas vezes e não acompanhou o rebote em ambas. Ofensivamente o time explorou muito bem os espaços da defesa rival, principalmente em contragolpes. Na etapa final a correria foi trocada pela cadência. O Flu se portou bem ao controlar a velocidade da partida, mas foi castigado com novo empate na reta final.

Flamengo tira empate da cartola

Dois dos gols do Fluminense saíram em contra-ataques construídos até com certa naturalidade. Os lances expuseram a fragilidade da defesa rubro-negra no primeiro tempo, quando o ritmo foi mais acelerado. Após o intervalo, quando precisou correr atrás do placar, o Flamengo encontrou muita dificuldade para criar. Teve em Guerrero o seu herói, com ótima cobrança de falta.

Começo intenso é abertura de jogaço

O clássico não poderia ter começado melhor para o Fluminense, que logo aos quatro minutos abriu o placar com Wellington Silva em contra-ataque. O início de jogo, aliás, deixou o torcedor sem fôlego. William Arão empatou aos oito, e em seguida Alex Muralha pegou recuo com a mão e permitiu cobrança em dois toques dentro da área. Sorte do goleiro que o chute de Sornoza explodiu em Pará, e o erro não criou problemas maiores.

Willian Arão e a ‘vingança’ no Engenhão

O volante do Flamengo é o pivô da polêmica com o Botafogo e ainda não brilhou contra o ex-clube. Mas, na decisão da Taça Guanabara, Willian Arão conseguiu a sua “vingança”. O Botafogo não estava em campo, mas o camisa 5 fez o primeiro gol do Flamengo logo no estádio administrado pelo rival. A comemoração foi intensa. Vale lembrar que recentemente ele foi perseguido pelos alvinegros no amistoso entre Brasil e Colômbia, realizado também no Engenhão.

Nem parada técnica diminui o ritmo

O calor no Rio de Janeiro bateu 33º, mas a parada para reidratação não prejudicou o ótimo andamento do clássico. Mesmo criando menos, o Flamengo insistiu na bola aérea e por este caminho conseguiu a virada. O cruzamento de Pará encontrou Guerrero sozinho, e Éverton aproveitou rebote de Júlio César para virar o jogo.

Pênalti sem polêmica e cobrança com categoria

A desvantagem não abalou o Fluminense, que seguiu criando boas chances. O meio-campo verticalizou os ataques e frequentemente colocou a defesa adversária em apuros. O que rendeu o gol, porém, foi um toque de mão de Guerrero dentro da área, marcado acertadamente como pênalti. Henrique Dourado converteu.

Lucas aparece sozinho

Mais uma vez o Flamengo deixou o rival fazer a transição em grande velocidade. William Arão e Réver demoraram muito para recompor a defesa, enquanto Wellington Silva abriu na direita e enfiou ótima bola para Lucas. Sozinho, o lateral funcionou como elemento surpresa e fez o 3 a 2.

Guerrero faz golaço de falta

Quando o jogo diminuiu de ritmo e a taça parecia destinada ao Fluminense, Guerrero fez lindo gol para levar a decisão aos pênaltis. O Flamengo não fazia um gol de falta desde 9 de abril do ano passado, um jejum de 11 meses que acabou na rede de Júlio César.

Clássico de paz

 A organização do Fla-Flu e o forte esquema de segurança montado – 830 agentes foram escalados para trabalhar no Engenhão – garantiram o clima de paz na decisão da Taça Guanabara. Não houve confrontos entre os torcedores e o Jecrim teve movimentação tranquila.

“Graças ao trabalho dos clubes e das forças de segurança não tivemos problemas no clássico. Temos que comemorar, pois foi realmente um Fla-Flu de paz”, comentou o Major Sílvio Luiz, comandante do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Nostalgia estampada na camisa

Fla-Flu em decisão imediatamente faz o torcedor do Fluminense lembrar do gol de barriga. Em 1995, o Flamengo buscou um empate incrível e tudo no Maracanã indicava o título rubro-negro, mas o Fluminense, com nove em campo, teve em Renato Gaúcho o herói do 3 a 2. Na ocasião a camisa tricolor tinha a mensagem “Ame o Rio”, frase novamente estampada neste domingo. Coincidência ou não, o placar neste domingo foi o mesmo.Ficha Técnica

Fonte: meionorte.com

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