A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira (10/06), a abertura de processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC). Witzel é suspeito de participação em esquema de desvios de verbas do combate ao novo coronavírus.

Embora caiba ao presidente da Casa, André Ceciliano (PT), decidir sobre a abertura do processo, ele resolveu submeter a decisão ao Plenário. Na deliberação, até mesmo os aliados de Witzel, do PSC, votaram favoravelmente. Dos 70 deputados estaduais, 69 votaram a favor da abertura do processo e 1 faltou à reunião.

Ao todo, foram apresentados 14 pedidos de impeachment de Witzel à presidência da Alerj. O acolhido por Ceciliano foi o primeiro deles, escrito pelos tucanos Luiz Paulo e Lucinha.
Agora, a autorização para a abertura será publicada no Diário Oficial, dando prazo de 48 horas para os partidos indicarem os representantes de uma comissão especial que vai analisar a denúncia. O governador terá direito, então, a se defender em até dez sessões.

Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel – Foto: Reprodução

Witzel foi alvo, no dia 26 de maio, da Operação Placebo, que apura indícios de desvios na instalação de hospitais de campanha no estado. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência oficial do governo, o Palácio das Laranjeiras, e na antiga casa de Witzel, que teve computadores e telefones apreendidos.

Membros do governo dele já vinham sendo investigados antes mesmo de a operação ser deflagrada, sob suspeita de participação em esquema que buscava obter vantagens em contratos emergenciais para aquisição de respiradores pulmonares. O episódio resultou na exoneração do então secretário de Saúde, Edmar Santos, no último dia 17.

Fonte: Metrópoles
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