Por Alexandre Lozetti e Edgard Maciel de Sá Belo Horizonte

O torcedor pegou a seleção brasileira no colo, embalou, ninou e dormiu abraçado a ela. Gritou o nome de seu craque, de seu técnico, lembrou os mil gols de Pelé, que rima com olé, e riu dos argentinos após um acachapante 3×0, em que as superioridades mental e física chamaram mais atenção do que a técnica. A Argentina teve mais a bola no primeiro tempo, teve Messi participativo, mas longe da área, só que um Brasil extremamente bem resolvido, e ciente de suas qualidades e defeitos, explodiu no talento de Coutinho, Neymar (seu 50º gol pela Seleção) e Paulinho, autores dos gols com assistências de Gabriel Jesus e Renato Augusto. O Mineirão, dois anos após o desastre, deixou transbordar orgulho por uma equipe que, enfim, devolve prazer ao brasileiro.

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PRIMEIRO TEMPO

Começou com dois chapéus de Messi e terminou com um gol de Neymar. Uma eficiência cruel do Brasil contra uma Argentina esforçada, determinada, mas carente de velocidade e definição. Enquanto Di Maria nem foi notado em campo, Coutinho saiu da direita para a esquerda, deixou para trás um Mascherano que parece ter deixado o ímpeto em Barcelona, e fez um golaço, parecido com os que tem marcado no Liverpool. No fim, Neymar recebeu de Jesus e, livre, com espaço, deslocou Romero.

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SEGUNDO TEMPO

Edgardo Bauza voltou com Aguero no lugar de Enzo Pérez, e quem o viu no São Paulo pensou: quando ele está perdendo, coloca um atacante e tira um meia, a tendência é tomar mais. Quando Paulinho driblou Romero e bateu para o gol vazio, a Argentina escapou graças à leitura de jogo de Zabaleta, que salvou quase na linha. Mas Paulinho insistiu e fez o gol merecido. Ele, que ajudou Fernandinho no combate a Messi, apareceu de novo na área e completou para o gol. Daí para frente o estádio virou baile de carnaval. Em campo com Neymar e nas arquibancadas eufóricas. O Brasil afundou seu rival e elevou às alturas seu ego.

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O Brasil se manteve na liderança, um ponto à frente do Uruguai (24 a 23), e a Argentina também permaneceu na mesma posição: a sexta, fora da zona de classificação para a Copa do Mundo de 2018. Na próxima terça-feira, a Seleção de Tite vai a Lima enfrentar o Peru, enquanto os hermanos receberão a Colômbia, desesperados por uma vitória. Clique aqui e confira os detalhes!

PÚBLICO E RENDA

53.490 pessoas assistiram à vitória do Brasil, e geraram uma renda de R$ 12.726.250,50.

FILIPE DE VOLTA

Marcelo recebeu o segundo cartão amarelo e está suspenso para a partida da próxima terça-feira, contra o Peru, em Lima. Voltará só em março de 2017, na rodada seguinte. Filipe Luís será titular na semana que vem. Os outros pendurados – Daniel Alves, Miranda, o próprio Filipe Luís, Paulinho, Giuliano, Lucas Lima e Douglas Costa – não levaram cartão.

5ª SEGUIDA

Tite segue invicto na seleção brasileira: cinco jogos, cinco vitórias, 15 gols marcados, 1 sofrido (contra, de Marquinhos).

FALHA NOSSA

O primeiro mosaico da história da seleção brasileira lembrou a defesa de alguns clubes do país: cheio de buracos. É que ele foi feito no setor do Mineirão onde alguns ingressos encalharam (entre R$ 250 e R$ 600). Isso somado aos atrasadinhos, que entraram em cima da hora no estádio, deixou o mosaico inacabado. A organização até tentou passar alguns torcedores para levantar as placas, mas não deu lá muito certo a montagem do nome Brasil com as cinco estrelas dos títulos mundiais.

ETERNO CAPITÃO

Antes do jogo, um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento de Carlos Alberto Torres. A torcida aplaudiu e gritou “Capita, Capita” para o capitão do tricampeonato de 1970. Daniel Alves, lateral-direito como ele, jogou com sua camisa 4 e a faixa de capitão.

MESSI X FERNANDINHO

O início do jogo levou o público numa máquina do tempo a 2014, quando Fernandinho teve atuação trágica. É que, em cinco minutos, ele levou um chapéu de Messi, fez duas faltas no atacante e levou um cartão amarelo. Só que o camisa 10 da Argentina voltou demais para buscar o jogo, e Tite deixou que seus meias Paulinho e Renato Augusto o acompanhassem mais para livrar Fernandinho do perigo da expulsão.

FINALMENTE!

Neymar e Messi se enfrentaram pela quinta vez, e foi o primeiro gol do brasileiro contra o amigo argentino, que já fez seis no duelo particular. Antes do jogo, eles trocaram um caloroso abraço, carinhos e palavras ao pé do ouvido.

Fonte: G1Por Alexandre Lozetti e Edgard Maciel de Sá Belo Horizonte

05 05

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