Uma bela festa, um novo esquema, uma formação inédita e uma boa vitória. O Botafogo leva para o Chile uma pequena vantagem, mas a sensação é que o resultado poderia ter sido melhor. Ficou a impressão de que o Alvinegro esteve perto de definir a classificação no primeiro tempo do 2 a 1 contra o Colo-Colo. Na etapa final, no entanto, a superioridade não se confirmou.

É difícil apontar apenas um motivo para a queda de rendimento no segundo tempo. O Colo-Colo voltou bem do intervalo, Pedro Morales incendiou o jogo, o Botafogo cansou… A saída de Airton, no entanto, teve um peso maior. Autor do primeiro gol – seu primeiro em 76 jogos -, o volante comandou, enquanto esteve em campo, o meio-campo alvinegro. Além do equilíbrio defensivo, iniciou algumas das principais jogadas do Glorioso. Por falta de sorte, caiu de mau jeito no último minuto do primeiro tempo, e deixou o jogo com suspeita de fratura no cotovelo esquerdo.

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Caído, Airton recebe atendimento no cotovelo (Foto: REGINALDO PIMENTA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO)

Jair Ventura, que já havia apostado em uma formação ofensiva, ousou. Trocou Airton por João Paulo, um outro volante, mas com características mais ofensivas. O camisa 11 até entrou bem em sua estreia, mostrou qualidade, mas taticamente o Botafogo perdeu muito na troca. Bruno Silva recuou, mas o time não conseguiu manter a mesma pegada, levou um gol e sofreu até o fim.

Perdemos o Airton, e eu não queria abdicar de jogar. Não foi o Botafogo que deixou de jogar. Foi o Colo-Colo que cresceu na partida. Eles voltaram muito bem no segundo tempo. Coloquei o João Paulo para ganhar mais dinâmica. Foi a es- teia dele. Entrou em uma situação difícil, mas fez um bom jogo, mas acabamos perdendo um pouco o meio de campo e sobrecarregou o Camilo – analisou Jair Ventura, após a partida.

A saída de Airton afetou o time, mas não ofuscou o sucesso da inédita escalação. Jair Ventura abriu mão da bem-sucedida trinca de volantes e apostou em uma formação ofensiva, com dois meias e dois atacantes.

Dupla funciona, mas tende a evoluir

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Camilo atuou centralizado na armação. Montillo caiu pela direita, mas teve liberdade (Foto: Marcelo Baltar)

Até por isso a opção por Pimpão, jogador tático e elogiado diversas vezes pelo treinador pela entrega em campo. Pimpão ataca, mas recompõe. Deslocado para esquerda, abriu espaço para Montillo cair pela direita, com Roger como pivô. Camilo jogou centralizado, como típico camisa 10. Enquanto ele teve fôlego, funcionou.

Os protagonistas do Botafogo, no entanto, tiveram libertadores e não guardaram posição. Especialmente Montillo, que se deslocou por todo o ataque. Foi pela esquerda, inclusive, que iniciou o lance do segundo gol. Fato é que Montillo e Camilo provaram que podem jogar juntos e, com mais entrosamento, podem levar o Botafogo longe.

Fonte: Globo.com, Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro

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