A cidade de Gilbués, 850 km ao Sul da capital Teresina, é um dos quatro núcleos de desertificação do Nordeste, apresentando uma das maiores áreas com degradação do solo da região com 7.759,56 km². Atualmente, cerca de 500 famílias sobrevivem da agricultura familiar na região devastada, com plantações de milho, feijão e arroz, melancia, entre outros, mas enfrentam dificuldades para manter a área produtiva.

Os agricultores dizem que dá para plantar e colher com ajuda das chuvas. Mas, se não tiver um período chuvoso bom, as plantações morrem com maior rapidez e facilidade.

Segundo o agricultor que atua em Gilbués, Washington Rodrigues, eles seguem plantando sem o apoio público, mas o custo está saindo caro no bolso de todos.

“Nós não paramos de plantar depois do abandono do Governo, mas encontramos dificuldades. Conseguimos nos juntar para pagar os tratores que ajudam na melhoria do solo, mas na área da irrigação, por exemplo, não estamos conseguindo lidar muito bem, já que a energia fica muito cara. Também não conseguimos pagar a taxa dos poços da Semar (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí) e por isso penso que o necessário era ter um incentivo do governo para isso”, contou o homem.

Ele destacou ainda que um incentivo para a construção de barragens em Gilbués seria importante para os moradores que dependem economicamente da agricultura. Washington apontou a piscicultura como uma nova forma de gerar renda na cidade, já que a região possui um mar de água doce abaixo da superfície.

“Deserto de Gilbués: agricultores piauienses plantam sem apoio do poder público”
“Deserto de Gilbués: agricultores piauienses plantam sem apoio do poder público”
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