As medidas protetivas e os tipos de violência contra a mulher foram debatidos na noite desta terça-feira (21), durante o 1° Fórum em Alusão ao Dia Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher, no Colégio Santo Antônio.

Um levantamento feito pela Coordenadoria Municipal da Mulher junto a delegacia regional de Valença do Piauí aponta que de 1º de janeiro de 2020 a 25 de outubro desse ano foram registrados 628 boletins de ocorrências e nesse mesmo período foram instalados 300 inquéritos com um feminicídio e duas tentativas em Valença e nas cidades jurisdicionadas a 7ª Delegacia Regional da Polícia Civil.

O evento, promovido pela Prefeitura de Valença do Piauí, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres reuniu autoridades, como o juiz de direito Dr. José Sodré, promotora Drª Debora Aguiar, vice-prefeito Rubens Alencar, secretária de assistência social Ielva Melão, subcomandante do 3º BPM major Antônio Santos e a coordenadora de políticas públicas para as mulheres, Fabiula Batista, que avaliou o evento.

“Hoje a gente conseguiu dar um passo bem grande ao realizar o primeiro fórum de combate a violência contra a mulher com palestras das duas maiores autoridades representantes do Poder Judiciário, o Dr. José Sodré, que é o juiz da primeira Vara da nossa Comarca, ministrou uma excelente palestra sobre as medidas protetivas, que aqui em Valença tem muito problema com descumprimento porque os agressores tem em mente que podem descumprir, que não incidirá em problema algum e outra brilhante palestra com a Drª Debora, que falou sobre os tipos de violência e isso veio de fato a engrandecer e fortalecer a nossa luta”, destacou a coordenadora.

Ela também falou do levante que está acontecendo para que a cidade de Valença consiga a instalação de uma delegacia da mulher.

“A delegacia especializada é um sonho de muitas valencianas, que vai atender mulheres, crianças e idosos, então é um sonho que nós temos aqui porque de fato necessitamos porque os casos de violência são alarmantes, falamos dos casos de violência contra as mulheres, mas existem muitos casos de violência contra a criança, contra o idoso, então é algo necessário”, destacou Fabiula.

Para a promotora Debora Aragão, o combate a violência contra a mulher tem várias vertentes que precisam ser trabalhadas.

“A violência doméstica é uma questão cultural e envolve uma problemática psicológica, social da mulher e nós precisamos mesmo parar e nos unir pra conhecer mais sobre esse assunto como combater e encontrar as melhores formas combater a violência doméstica.  A única forma mesmo, a forma mais eficiente é a conscientização, a informação e a sensibilização pra que todos nós possamos nos unir nessa defesa da mulher”, observou a promotora, que também defendeu a instalação de uma delegacia especializada.

“Aqui em Valença já tem essa necessidade de uma delegacia especializada que atenda os casos de violência doméstica, que lá tenham policiais mulheres que recebam essas mulheres que chegam lá sofridas, agredidas pra relatar um fato de violência doméstica”, frisou a promotora.

O juiz Dr. José Sodré também destacou esses fatores e as especificidades da violência doméstica.

“Diversos fatores levam essa mulher a se manter na situação de violência e mesmo quando é rompido essa barreira, que as denúncias chegam as autoridades esse rompimento é retraído em razão dessas circunstâncias culturais, sociais, dependência financeira, dependência emocional, falta de apoio, então não podemos atribuir a essa mulher que é vítima que ela não tem força para sair dessa situação, mas temos que dar todo o apoio para que ela possa seguir em frente e romper de fato com esse ciclo de violência”, apontou o magistrado.

Fonte: Portal V1

COMPARTILHAR

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui