A jovem de 21 anos, que foi vítima de estupro coletivo na cidade de Sigefredo Pacheco, a 160 km de Teresina, afirmou que reconhece três dos quatro homens que aparecem em vídeo vazado  em que aparece sem roupa e desacordada. A informação foi dada através de sua advogada.

Segundo a polícia, as imagens mostram quatro rapazes e pelo menos dois deles tocam a vagina da jovem, que está desacordada e não esboça nenhuma reação.

Conforme a advogada da vítima, Josefa Miranda, o crime foi praticado dentro de um carro na madrugada do dia 3 de junho, mas só passou a ser investigado depois do dia 12 de junho quando a vítima conseguiu registrar um boletim de ocorrência.

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Josefa Miranda comentou ainda que a moça teve conhecimento da violência sofrida após comentários de que imagens delas circulavam pelo WhatsApp. “Ela teve dificuldades para formalizar a denúncia devido à ausência de escrivães na cidade onde mora, mas já disse ao delegado que investiga o caso que conhece três rapazes que aparecem no vídeo”, revelou.

Ninguém da Polícia Civil do Piauí foi encontrado para comentar a falta de escrivães em Sigifredo Pacheco, que fica distante 80 km de Campo Maior. Para a advogada, mais homens participam do crime, contudo ela disse que vai aguardar a condução da investigação para se pronunciar, mas ressalta que há provas suficientes para incriminar os suspeitos.

“O delegado Laercio Evangelista, responsável pelo caso, ainda não convocou as testemunhas e nem os suspeitos citados. Vou esperar ele fazer o trâmite normal do caso. No entanto, não há dúvidas de que o crime de estupro foi cometido, pois eles produziram a principal prova para incriminá-los que foi a produção do vídeo. Inclusive, um deles aparece nas imagens pelado e com as partes íntimas cobertas com um lençol”, detalhou a advogada.

No vídeo, é possível ouvir ainda um dos rapazes falar de forma irônica: “amanhã todo mundo preso em Sigefredo Pacheco”. A delegada Anamelka esclarece que o crime de estupro é configurado por ato sexual e/ou libidinoso sem o consenso da vítima. “Para existir estupro não precisa ter havido conjunção carnal, o ato libidinoso sem a autorização da pessoa é crime. No caso, a jovem está desacordada e não tem discernimento sobre o que está acontecendo, ou seja, o consentimento está comprometido”, diz.

A noite do crime
A advogada informou ao G1 que sua cliente tem poucas recordações da noite em que o vídeo foi gravado, apenas que ingeriu um copo com bebida alcoólica em companhia de alguns rapazes e mais nada. Após isso, a jovem só sabe que acordou em sua residência no dia 3 de junho.

“Ela disse que estava no festejo da cidade, onde mora, quando encontrou estes rapazes. Eles ofereceram um copo de bebida alcoólica e depois disso ela apagou. Acordou no dia seguinte em sua residência sem lembrar-se do que aconteceu. Depois, somente tomou conhecimento após os comentários da divulgação das imagens”, detalhou.

Realização de exames
Segundo informações da delegado Anamelka Cadena, a jovem veio para Teresina nesta terça-feira e realizou exames no Serviço de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Sanvis) da Maternidade Dona Evangelina Rosa e foi encaminhada ao Instituto Natan Portela para tomar um coquetel de medicamentos que evita a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Ela prestou depoimento na Delegacia Geral da capital.

Fonte e imagem: Gilcilene AraújoDo G1 PI

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