O Projeto de Apicultura do Governo do Estado, que distribuiu 3.800 colmeias no ano passado e custeou a migração de abelhas para o Maranhão durante os cinco meses de seca, garantiu que a produção do mel natural deste ano tivesse um grande crescimento na pauta das exportações. Em relação ao mesmo período do ano passado, a exportação do mel cresceu 735,96%.

Para o secretário do Desenvolvimento Rural do Piauí, Raimundo José, esse crescimento nas exportações se deu através do investimento de recursos diretos em equipamentos e de uma ação conjunta entre Governo do Estado, Casa Apis, em parceria com o  Banco Mundial.

“Esse crescimento se deu em três junções, cadeia produtiva organizada, ação efetiva do governo e clima. O mel teve um aporte do governo de R$ 866 mil, para equipar a produção. Firmamos parcerias com os produtores que abraçaram a ideia. E o resultado está aí, mostramos que sabemos lidar com as diversas situações, sofremos com a seca sim, mas soubemos lidar através da implantação de medidas emergenciais”, destaca Raimndo José.

O secretário afirmou ainda que é importante ressaltar não apenas o crescimento, mas a qualidade do crescimento. “O que é importante é termos crescido com qualidade. Nosso produto passa por testes microbiológicos e físico-químico, para que seja exportado com qualidade alta. O estado só ganha com esse crescimento, pois o Piauí passa a se tornar um grande produtor de mel de qualidade”, finalizou.

Outra medida tomada para garantir a produção de mel do estado, foi a distribuição, realizada pela SDR, de 200 mil mudas típicas da Caatinga que estavam em extinção. A mudas foram plantadas em áreas estratégicas para assegurar alimento para as abelhas nas próximas estiagens. O custo das mudas para o Governo foi de R$ 200 mil reais. “A distribuição deve ser concluída até maio de 2014, mas as consequências positivas serão para a vida toda”, realça o diretor-geral da Casa Apis, Antonio Leopoldino Dantas.

Migração das abelhas

Em 2013, o Governo do Estado custeou a migração de abelhas para o Maranhão durante os cinco meses de seca. A medida possibilitou a manutenção dos enxames e a continuidade da produção no devido período.

O custeio total da migração ficou em torno de R$250.000,00, que foram gastos com alimentação dos apicultores durante a migração, combustível e manutenção dos veículos, vestimenta de proteção (indumentária) e utensílios apícolas, locação de áreas para instalação de 80 apiários, locação de imóvel para hospedagem da equipe de apoio, locação de 1 trator para realizar vias de acesso aos apiários e locação de duas unidades de beneficiamento do mel.

Foto:Paulo Barros

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Miriam Sousa/CCOM

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