Rio Caatinguinha transbordou hoje invadindo ruas e avenidas do centro histórico da cidade.

No final da tarde desta terça-feira (24) o município de Valença do Piauí, que fica localizado a 210 quilômetros de Teresina, foi surpreendido por uma forte chuva que em apenas duas horas atingiu 60,2 milímetros.

Valença tem maior chuva dos últimos 60 anos

As ruas e avenidas ficaram intrafegáveis / fotos e vídeos enviados pelos internautas via Whatsapp

De acordo com análises realizadas pelo climatologista Werton Costa, com fontes dos mapas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), especialmente ao portal Teresina Diário, a previsão aponta um considerado volume de chuva na região valenciana e da cidade de Floriano.

“O desempenho de Valença é incrível chegando a um acumulo de 419,6 mm em março, está muito acima da sua média climatológica é um desempenho recorde na história da cidade”, explicou Werton.

E para os próximos dias, as chuvas acontecem com um volume mais modesto, segundo o mapa do INMET.

“Pancadas de chuva concentradas no extremo Sul, no sertão e no Vale do Longá que merece atenção com mais precipitações nessa região”, sinaliza a meteorologia.

A maior cheia da história de Valença

Como diz a letra de João Gonçalves Ferreira: “Às Margens do Rio Caatinguinha cercada de mil matagais está Valença dos encantos…” e esse rio que corta a cidade teve fato histórico na tarde de hoje (24), com a tempestade Caatinguinha transbordou surpreendendo os moradores.

A nossa reportagem conversou com o historiador Antônio José, que explica que essa foi a maior cheia dos últimos 60 anos e/ou a maior que se tem notícias desde que ocorreu a urbanização da cidade.

A cheia de hoje foi tamanha que do lado de baixo, lado Maranhão popularmente conhecido que beirou a calçada da centenária Igreja São Benedito. Enquanto o lado de cima conhecido por lado Piauí, atual Praça José Martins, praticamente chegou ao Abrigo Central, alagando toda área central da cidade”, conta o historiador.

Ainda de acordo com Antônio José, os moradores ficaram assustados e temendo um possível acontecimento que assola o imaginário dos valencianos.

“Para os maus temerosos, um dilúvio contemporâneo, como se o Rio Caatinguinha, num tom de ironia, mostrou através desta grande cheia, uma revolta pela forma como grande parcela do povo valenciano tem lhe tratado ao longo do tempo e como diz Eclesiastes: para tudo na vida tem um tempo determinado, o de hoje, ficará na história, como a grande cheia. Ainda bem que a Baleia, não acordou”, filosofa.

Antônio José conclui que “Nos anos 1990, ocorreu uma cheia bem parecida, mas não na proporção de hoje”.

Fonte: Teresina Diário Por: Pedro Silva

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