Suspeito de estuprar jovem e matar namorado da vítima tinha pedido de internação em aberto

O órgão foi procurado para prestar esclarecimentos sobre o caso, mas até a publicação desta matéria não se posicionou.

“A internação desse adolescente foi pedida cerca de duas semanas antes desse crime [estupro da jovem e assassinato do namorado da vítima], mas o juiz que avaliou o pedido na época adiou o julgamento porque iria aguardar um parecer do Ministério Público”, disse o delegado Célio Benício.

O menor foi apreendido no domingo (8) após a vítima ter feito a denúncia dos crimes, que aconteceram na noite do sábado. O adolescente foi levado para a Delegacia Regional de Uruçuí. “Ele confessou de forma fria o homicídio e o estupro”, afirmou o delegado.

O suspeito continua na delegacia. “Estamos aguardando que a internação dele seja decretada ainda hoje. Apresentei o auto de apreensão ao juiz e o promotor me adiantou que faria a representação pela internação, então estou aguardando a decisão do juiz”, explicou o delegado Célio Benício.

Segundo o delegado, caso a internação não seja decretada nesta segunda-feira (9), o menor deve ser liberado. “Se não receber essa resposta ainda hoje, terei que entregar o adolescente a um responsável. Se o mandado de internação sair, ele pode ficar mais uns dias aqui e depois ser encaminhado para um Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP)”, informou Célio Benício.

Segundo o relato da vítima à polícia, ela estava com o namorado em um matagal, quando foram surpreendidos pelo menor, que estava portando uma arma de fogo. O casal foi rendido e o menor efetuou dois disparos contra o rapaz, um na altura do ombro e outro na cabeça.

A jovem disse ainda que mesmo após ser atingido pelos tiros, o namorado dela continuou vivo até o suspeito terminar de matar o rapaz a pedradas. Em seguida, a vítima relatou que foi estuprada pelo adolescente e ameaçada de morte após a violência sexual.

Segundo a polícia, o menor teria arrastado o corpo do rapaz e tentado atear fogo nele, conseguindo queimá-lo parcialmente. O adolescente também teria feito a vítima a ir com ele para um riacho e lá obrigou que ela lavasse a genitália, na intenção de eliminar material genético que pudesse servir como prova do crime.