Vereador de Bertolínia, que sozinho atuou para movimentar órgãos hábeis para investigar caso de suposta corrupção, é autor de honraria ao grupo

O ex-coordenador do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (GAECO), promotor de Justiça Rômulo Cordão, a atual coordenadora do grupo, promotora de Justiça Débora Geane, o chefe do Núcleo de Gestão Estratégica da Informação (NUGEI) do TCE-PI, auditor José Inaldo de Oliveira e Silva, e o jornalista Rômulo Rocha, que atualmente escreve para o portal 180graus.com, foram homenageados última semana com a aprovação pela Câmara de Vereadores do município de Bertolínia de concessões de título de cidadão bertolinense.

_Em sentido Horário, Débora Geane, Rômulo Cordão, Rômulo Rocha e José Inaldo (Imagens: Divulgação, Reprodução)
_Em sentido horário, Débora Geane, Rômulo Cordão, Rômulo Rocha e José Inaldo (Imagens: Divulgação, Reprodução) 

O autor é o professor Jones Werlen Miranda e Silva, vereador do município de Bertolínia, responsável por repasses de informações ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-MPPI) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), que culminaram na Operação Bacuri e na consequente prisão e no afastamento do então prefeito Luciano Fonseca, suspeito de práticas de corrupção.

_Professor Jones, reeleito como o mais bem votado vereador de Bertolínia (Foto: Divulgação)
_Professor Jones, reeleito como o mais bem votado vereador de Bertolínia (Foto: Divulgação) 

Jones justificou a concessão de título de cidadão bertolinense argumentando que “a verdadeira mudança ocorrida no nosso munícipio não seria concretizada sem o empenho, a imparcialidade, o profissionalismo, a ética e a cordialidade dessas pessoas. Bertolínia tem o dever de reconhecer e agradecer o brilhante trabalho realizado por eles”.

Rômulo Cordão, quando à frente do GAECO, foi o responsável pelas investigações. O setor de José Inaldo no TCE, foi responsável pela compilação de informações que ajudaram a embasar as investigações. Débora Geane, por sua vez, a promotora de Justiça que dá seguimento ao trabalho institucional do MP-PI, e o jornalista Rômulo Rocha é o responsável pela divulgação de documentos e informações sobre o caso, setorista que é para esse tipo cobertura de acontecimentos oriundos do TCE e do próprio MP-PI.

Segundo o jornalista, que atuou mais de uma década na Câmara Federal e no Senado Federal, é um tanto raro ver um político com noção de dever cívico e do seu papel na sociedade como o desempenhado pelo professor Jones, “um político de voz calma e corajoso”.

Falando de forma genérica, o profissional de imprensa disse que “só em escrever sobre casos como esse é preciso, de vez em quando, se explicar à polícia e até a pingados membros do próprio Ministério Público, naquele ritual batido do uso do Estado para calar, além de que se é alvo de ações judiciais mirabolantes, imagina a pressão que as pessoas que trabalham diretamente com isso, principalmente, denunciando, devem sofrer ou estarem atentos para não serem afetados psicologicamente”.  “Então honrarias como essas devem ir, na verdade, para esse tipo de membro do Estado, que até onde se sabe desempenham papel exemplar”, conclui.

O professor Jones chegou a sofrer ameaças, que culminaram em agressões físicas, mas não se intimidou, mesmo diante do poderio econômico de alguns dos envolvidos.

Fonte: 180Graus

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