Em entrevista coletiva, a Polícia Federal informou que há investigado com foro privilegiado no alvo da operação Campanile que apura suposta fraude nos contratos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) no combate à Covid-19 no Piauí. Ao todo, dez pessoas são investigadas, sendo seis servidores públicos, três empresários e um advogadonessa fase ostensiva. A delegada Milena Soares Caland, responsável pela investigação, informou que a Sesapi pagou cerca de R$ 33 milhões a três empresas com sedes em Teresina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Parte do pagamento teria sido efetuado antes da assinatura dos contratos.

“Os servidores públicos atuavam em diretorias de comissão de licitação, diretoria de gestão, diretoria que fazia a destinação de equipamentos a hospitais, diretorias que geriam o fundo estadual de saúde, setores da Sesapi que manipulavam valores consistentes”, explica a delegada.

A suposta fraude pode ser ainda maior, uma vez que os recursos do Ministério da Saúde para o enfrentamento da pandemia no Piauí somam mais de R$ 500 milhões.

A operação deflagrada nesta terça-feira (12)  investiga irregularidades relacionadas à publicidade dos contratos, capacidade técnica no fornecimento de produtos e serviços, além de preços supostamente superfaturados.  A delegada acrescenta que foi constatado majoração de preços de até 192% para a compra de biombos.

Exemplos de indícios de superfaturamento

Cama Fawler com nota fiscal de aproximadamente R$ 1.123 foi comprada pela Sesapi por cerca de  R$ 2.700
Maca com nota fiscal de aproximadamente R$ 638 foi comprada pela Sesapi por cerca de R$ 1.474

“É um assunto que causa profundo descontentamento, mas faz parte da nossa realidade. O intuito da operação não se limitou aos valores significativos, aos contratos, mas sobretudo as vidas perdidas, as famílias enlutadas e parentes e vitimas da Covid”, pontuou Caland.

O superintendente da Controladoria Geral da União (CGU-PI), Glauco Soares Ferreira, acrescenta que toda a documentação apreendida será analisada para a verificar se há outras irregularidades.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) divulgou nota informando que colabora com investigação da PF e garantiu que “todos os procedimentos contratuais e licitatórios obedecem, rigorosamente, o que prevê a lei” e atua com transparência.

pf3.jpgRoberta Alinepf12.jpgRoberta Alinepf11.jpgRoberta Alinepf10.jpgRoberta Alinepf9.jpgRoberta Alinepf8.jpgRoberta Alinepf7.jpgRoberta Alinepf6.jpgRoberta Alinepf5.jpgRoberta Alinepf4.jpgRoberta Alinepf3.jpgRoberta Alinepf12.jpgPor: Graciane Sousa
Fonte: Cidadeverde.com

COMPARTILHAR

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui