Um pai manteve a filha de quatro anos em cárcere privado, sob a mira de arma branca, dentro da própria residência, no Planalto Bela Vista, por não aceitar o fim do relacionamento com a ex-mulher. O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira (13). Após três horas de diálogo, o pai liberou a filha – sem ferimentos – e se entregou à polícia.

O coordenador de policiamento do 6º Batalhão da Polícia Militar, capitão Fábio Soares, relatou que o pai invadiu a casa da ex-mulher, que também mora na região, e pegou a criança.

“Ele dizia que estava fazendo aquilo para não cometer feminicídio, que ela (a ex) sabia o que tinha feito a ele. Ele tinha um relacionamento com a mãe da criança, que aparentemente não deu certo. Eles não estavam mais juntos há uns seis meses, que disseram. Ele ficava falando que se alguém entrasse iria se matar e matar a criança. Graças a Deus, a intervenção foi tranquila e tudo deu certo”.

Foto: arquivo/cidadeverde.com
De acordo com a polícia, o pai apresentava indícios de estar sob efeito de bebida alcoólica ou outra substância. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes para os procedimentos cabíveis. Outras pessoas também foram para a Central, como a ex-mulher e uma comadre.

O 6º BPM acionou apoio especializado e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

“Estávamos muito preocupados com a criança. A criança era inocente nisso tudo. Ela estava tranquila, estava com o pai e acreditava que estava tudo bem. Foi uma situação muito delicada, qualquer ação na hora errada poderia colocar a vida de alguém em risco.  A mãe dela estava conosco do lado de fora, inclusive estávamos com a área isolada para a intervenção”.

Outro caso

Essa não é a primeira vez que ocorrência desse tipo acontecem no Planalto Bela Vista, no dia 11 de setembro de 2020, uma criança de nove anos também foi mantida em cárcere privado pelo pai. Após cinco horas de impasse, ele liberou a criança e se entregou à polícia. Na época, o pai da criança alegou que cometeu o ato porque não queria a presença de outros familiares na casa em que morava.

Por: Carlienne Carpaso
Fonte: Cidadeverde.com

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