O delegado Everton Férrer, coordenador da Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter) informou que os suspeitos presos na Operação Apocalipse vendiam motos roubadas abaixo do preço de mercado, por R$ 500 a R$ 1 mil, e em sites e redes sociais. Segundo ele, os criminosos usavam documentos furtados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI).

“Eles adulteravam os elementos de identificação do veículo, desde o motor ao chassi, placa, e os documentos eram roubados do Detran. Os papeis eram verdadeiros, porém as informações que estavam neles eram falsas”, explicou.

Ao todo, 35 pessoas foram presas durante a operação, deflagrada nesta quarta-feira (4) com objetivo de cumprir 37 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. Desses, 12 já tinham sido presos ao longo da investigação. Os alvos eram suspeitos de integrar duas organizações criminosas voltadas para o roubo, furto, receptação e adulteração de veículos em Teresina, sendo nove pessoas da mesma família.

Polícia divulgou imagens do momento da prisão de alguns suspeitos — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Polícia divulgou imagens do momento da prisão de alguns suspeitos — Foto: Divulgação/Polícia Civil

As prisões aconteceram nas Zonas Sul e Norte de Teresina e nos municípios de Hugo Napoleão, do proprietário de um comércio que realizava a venda de motos adulteradas na região, e em Esperantina, de um suspeito de receptação de carros roubados na Zona Leste de Teresina.

Everton Férrer alertou que os compradores dos veículos roubados compareçam à sede da Polinter, caso contrário, podem responder por receptação dolosa. A Secretaria de Segurança deve divulgar nos próximos dias informações detalhada dos veículos apreendidos durante a operação.

“Eu sugiro que as pessoas compareçam à sede da Polinter, a partir desta quinta-feira (4), para que possamos fazer a restituição do bem. Nós estaremos disponibilizando nos sites oficiais da Secretaria de Segurança, Polícia Civil e Polinter todas as informações e dados dos veículos recuperados constatados com roubo, furto ou adulteração”, declarou o secretário de segurança do Piauí, Fábio Abreu.

Investigação

Organograma dos alvos da Operação Apocalipse divulgado pela Polícia Civil do Piauí — Foto: SSP-PI

Organograma dos alvos da Operação Apocalipse divulgado pela Polícia Civil do Piauí — Foto: SSP-PI

De acordo com o delegado, o ponto de partida foi uma apreensão de um veículo roubado em agosto do ano passado, na Zona Leste de Teresina. Contudo, a investigação começou com as prisões de Lucas Borges e René Nóbrega por roubo e furto de veículos, que tinham como principal alvo mulheres.

“A partir daí surgiram ligações com o grupo de adulteradores e com os demais parceiros deles, que atuavam na Zona Norte da cidade. Houve um desmembramento e percebeu-se que existiam dois grupos bem definidos, que se comunicavam. O grupo que roubava os veículos foi desarticulado de acordo com as investigações, porque não podíamos deixar eles praticando crimes todos os dias. Eles foram presos nas Operações Contra Ataque 1,2 e 3”, explicou.

Segundo Everton Férrer, 47 inquéritos foram abertos contra o grupo criminoso acusado de roubo e furto de veículos, sendo que os integrantes têm vários mandados de prisão em aberto. Nesta quarta-feira foram cumpridos os mandados de prisão por organização criminosa.

“É um inquérito gigante, produzindo durante 1 ano e 6 meses, com várias provas e mostra outra organização que agia na Zona Sul da cidade, que era responsável pela adulteração dos veículos roubados. Os suspeitos agiam nas cidades de Água Branca, Esperantina, no Piauí, e Pedreiras, no Maranhão”, contou.

Fonte: G1 PI 

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