O Tribunal de Justiça determinou o afastamento do policial militar Alexandro Machado da Silva, suspeito de matar o vaqueiro Edvaldo Santos em Canto do Buriti, Sul do Piauí, em setembro do ano passado. Na decisão, o juiz José Carlos da Fonseca Lima Amorim também encaminhou o julgamento do caso para o Tribunal do Júri.

“Mantenho as cautelares diversas da prisão estampadas na decisão, devendo a Secretaria deste Juízo oficiar com urgência ao comandante da Polícia Militar do Estado do Piauí para cumprimento imediato da decisão de afastamento da função de policial militar do acusado”, determinou.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Militar, um policial militar atirou e matou o jovem Edvaldo Costa dos Santos e baleou o seu amigo Máximo dos Santos, no dia 8 de setembro de 2018. A Polícia Militar informou que os dois teriam tentado assaltar o oficial.

A família do vaqueiro, através da advogada Jossane Vieira, contestou a versão da PM, afirmando que o jovem trabalhava como lavrador e vaqueiro, e não tinha antecedentes criminais. “Ainda não podemos nos pronunciar sobre o que aconteceu. Mas garantimos que Edvaldo não era assaltante, não era um criminoso”, disse a advogada.

Para o promotor da comarca da cidade de Canto do Buriti, José William Pereira Luz, o policial militar atirou contra Edvaldo e Máximo motivado por ciúmes de uma mulher com quem estava na noite do crime, motivo considerado fútil. A promotoria solicitou que o PM fosse afastado de suas funções e que tivesse a arma apreendida.

Polícia Militar abriu um inquérito para investigar o caso e afastou o soldado. O caso foi investigado pela Polícia Civil, que indiciou o policial pelo homicídio do vaqueiro e tentativa de homicídio contra o amigo dele.

Edvaldo Costa dos Santos morreu após ser atingido por dois tiros em Canto do Buriti — Foto: Arquivo Pessoal

Edvaldo Costa dos Santos morreu após ser atingido por dois tiros em Canto do Buriti — Foto: Arquivo Pessoal

Fonte: G1 PI / Por Catarina Costa

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