Mal a bola tocou a rede, e Gabriel correu em disparada. Não parou em companheiro algum; foi direto à linha lateral para dar um abraço em Dunga. Nos 10 primeiros minutos com a camisa da seleção brasileira principal, o atacante do Santos recompensou a confiança depositada pelo treinador e evidenciou a boa relação entre os dois. Mais: credenciou-se na briga pela titularidade do ataque na Copa América.

– Como meu pai fala, tem que ter calma. É o que faço todo dia, não tem por que entrar em desespero – disse Gabriel, ao comentar sobre o momento do gol.

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Gabriel é aposta pessoal de Dunga. No dia da convocação, lembrou que não tinha informações tão favoráveis quanto ao comportamento do atacante, mas decidiu dar uma chance ao jogador – que já havia sido chamado para o lugar de Neymar nas eliminatórias em março. De fato, desde que se tornou peça-chave da seleção olímpica no fim do ano passado, o santista agrada à comissão técnica pela mudança de postura.

Contra o Panamá, Gabriel entrou aos 17 minutos do segundo tempo. Começou aberto pela direita, com Hulk como centroavante, mas não deixou de aparecer na área. Por duas vezes, cruzamentos quase chegaram a ele. O oportunismo falou mais alto quando ele aproveitou sobra na área e bateu com categoria para deslocar o goleiro. Na reta final da partida, trocou de posição com o atacante do Zenit.

Apesar da boa atuação, Gabriel terá disputa forte pela vaga. Titular contra o Panamá, Jonas também aproveitou a chance e fez um gol. Dunga, a princípio, vê Hulk como a segunda alternativa, embora o jogador do Zenit não tenha convencido como camisa 9. O santista é visto como arma para jogar pelos lados, mas Dunga não descartou utilizá-lo na frente.

– É um jogador de velocidade, chega com facilidade ao gol, de drible. Hoje, tentamos aproveitar como ele joga no Santos, alternando algum posicionamento na frente. Ele tem a característica de jogar nas três funções da frente, e a gente pode aproveitar dependendo do jogo – analisou Dunga.

A vantagem de Gabriel é que, dos três concorrentes, é o de melhor qualidade técnica. Nos treinos de finalização ao longo da primeira semana, ele mostrou vasto repertório e teve bom aproveitamento. A fragilidade do Panamá serve como atenuante, mas de qualquer forma é um começo animador.

Jonas e Hulk, porém, têm maior experiência. O primeiro, por exemplo, brigou até as últimas rodadas pela Chuteira de Ouro da Europa e vem de grande temporada no Benfica. O segundo é, do trio, o que tem mais partidas pela Seleção.

Fonte: Globo Esporte

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