O homem que se autointitulava profeta e virou notícia nacional após anunciar o fim do mundo em 2012 é investigado pelo Ministério Público do Piauí (MPPI). Desta vez, a denúncia é que Luís Pereira dos Santos estaria abrigando mais de 20 crianças em situação precária e que as mães das crianças não teriam o direito sequer de escolher o nome dos filhos. A situação é apurada na localidade Pau D’arcos, cidade de Cocal de Telha, no interior do Piauí, local denominado por ele como “Terra Prometida”.

O procedimento administrativo foi aberto no início do mês de junho pelo promotor de Justiça, Roberto Monteiro Carvalho, após relatório do Conselho Tutelar em abril deste ano. Em maio, uma sobrinha do investigado também acionou o órgão de proteção à criança e ao adolescente para denunciar que “as mães vivem sob constante ameaças e em estado de escravidão obedecendo a Luís Pereira, que é este quem determina com quem as pessoas se casarão”.

No relatório do Conselho Tutelar consta ainda que, em 2012, Luís Pereira foi preso acusado de ter envenenado e causado a morte de duas pessoas por “sangue de rato”, afirmando que seria um óleo para purificação.

Com base na denúncia, além da instauração do procedimento administrativo, o promotor solicitou que o caso seja acompanhado pela Polícia Civil e que o Conselho Tutelar, com auxílio da Assistência Social, conclua a averiguação da condição das famílias que residem na comunidade denominada Terra Prometida.

Verificação preliminar de informação

Cidadeverde.com entrou em contato com a delegada Kamila Martins Braga que informou que, até o momento, não foi instaurado inquérito policial.

“Na seara penal, não há prática de crime verificada até agora. Assim, o que há é apenas um acompanhamento do caso, em razão do histórico dele”, informou a delegada.

Foto: Yala Sena/ Cidadeverde.com

Na imagem, o falso profeta em 2012 quando anunciou o fim do mundo

Fonte: Cidadeverde.com

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