Para a Organização das Nações Unidas (ONU) o meio ambiente é o conjunto de elementos físicos, químicos, biológicos e sociais que podem causar efeitos diretos ou indiretos sobre os seres vivos e as atividades humanas.

Não concordando em plenitude com o designado de relevante entidade mundial citada, coloco-me a dizer que o equivoco conceitual está na relação dissuadida entre homem e natureza. Daí parte a plenitude da maioria dos problemas relacionados ao equilíbrio planetário, separar o que não se separa. Não existe a dicotomia homem e meio, existe o todo.

“Os seres humanos e a natureza fazem parte de um sistema interconectado. A natureza fornece comida, remédios, água, ar e muitos outros benefícios que permitiram às pessoas prosperar”, disse Doreen Robinson, chefe para a Vida Selvagem no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

“Contudo, como acontece com todos os sistemas, precisamos entender como este funciona para não exagerarmos e provocarmos consequências cada vez mais negativas”, complementou.

A respeito desta inquietação, ao se retratar especificamente o Brasil no que tange a gestão ambiental, por exemplo, é temeroso ver a política adotada pelo comando federal brasileiro sobre relevante tema. Tem-se observado no país uma desorganização de entidades singulares no trato da defesa ambienta como se observa no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

Neste ínterim está o robusto desmatamento na região amazônica que bateu recorde histórico no primeiro trimestre de 2020. Quando comparado com o mês de março de 2019, houve um aumento de 29,9%, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O maior já registrado desde que o órgão começou a monitor a região pelo sistema Deter-B, há quatro anos.

Não obstante, o olhar governamental sobre o povo indígena de que este índio deve viver como um urbano, a flexibilização e redução das multas por crimes ambientais, bem como a contestação dos dados oficiais de desmatamento são evidencias incontestes que o cenário ambiental brasileiro é cada vez mais obscuro.

Nesta iniludível arguição, o que se posta é a mais pura expressão da verdade, nada de factoide com interesses quaisquer, não é o feito.  Por mais incrédulo que seja o leitor, esse há de convir que algo de muito errado acontece no convívio humano para provocar tamanho desastres ao sistema natureza, cujo o “ser racional” é parte substancial. A bem da verdade, o talhador de tudo isso [homem], é o próprio acolhedor de tal efeito.

Texto de Emanuel Vital de Sousa, professor de Geografia e coordenador da Associação Ambiental de Oeiras (AMO).

Foto: Reprodução /webquestfacil

Fonte: Folha de Oeiras

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