Jorge Jesus é tratado como prioridade do Atlético-MG para 2022. Desempregado desde a demissão do Benfica, o português é visto como nome ideal para assumir o vestiário alvinegro, que vem de uma temporada de glórias.

O clube não quer fazer apostas, por isso busca um treinador de currículo vencedor e moral o suficiente para controlar um elenco estrelado, como o do Atlético. Porém, por mais que esteja disposta a fazer muito esforço para contratar Jorge Jesus, a diretoria atleticana tem um limite.

E não é uma questão financeira, mas do convívio diário. A passagem de Jorge Sampaoli pela Cidade do Galo foi bastante marcante. Não somente pelo aspecto técnico, mas principalmente pela conturbada relação com o treinador argentino entre março de 2020 e fevereiro de 2021.

Jorge Jesus, após o título do Flamengo na Recopa – Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Ninguém dentro do Atlético questiona a importância que Sampaoli teve na montagem do elenco que venceu o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil em 2021, mas isso teve um custo alto. Ele interferiu em tudo quanto é assunto, até mesmo no funcionamento da Cidade do Galo.

Inicialmente não foi um problema, mas com o passar do tempo as atitudes do treinador geraram um desgaste no ambiente, não só com jogadores, mas também com funcionários e diretores.

Os constantes pedidos por reforços e as ligações quase que diárias, sempre por volta das 6h, para Alexandre Mattos, então diretor de futebol, e Renato Salvador, um dos mecenas do clube, são alguns exemplos da dificuldade em conviver com Jorge Sampaoli.

Mas existe uma diferença fundamental para quando Jorge Sampaoli foi contratado para o atual momento. Em março de 2020, o Atlético estava muito mal.

Eliminado de forma precoce da Sul-Americana e da Copa do Brasil e sem boas perspectivas para o Brasileirão. O argentino iniciou uma reformulação completa no elenco alvinegro, financiada pelos mecenas do clube.

Quase dois anos depois, o cenário que Jorge Jesus encontraria é bastante distinto. O Galo já está estabilizado como uma das grandes potências do futebol nacional. Uma posição que não é obrigado a ceder tanto, como foi quando buscou Sampaoli.

Um bom exemplo da situação segura em que se encontra que o Atlético está na formação da comissão técnica. O clube não abre mão do preparador físico, Cristiano Nunes, e do treinador de goleiros, Rogério Maia.

Por outro lado, Jorge Jesus trabalha com uma comissão técnica própria, como foi na época do Flamengo. A diretoria do Alvinegro sabe que se o treinador for contratado, ele chegará junto com outros profissionais portugueses. A escolha dos integrantes da comissão técnica faz parte das negociações entre Atlético e Jorge Jesus.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS / Cidadeverde.com

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