A Polícia Civil do Piauí deu início à investigação que apura a morte da professora Wana Sara Cavalcante Henrique que teve o carro arrastado, durante temporal,  para uma cratera que faz parte da obra de uma galeria em construção em Teresina. O corpo da servidora pública só foi encontrado neste domingo (06), distante mais de 2 km do local, após buscas do Corpo de Bombeiros. Policiais civis e peritos acompanharam o resgate e, entre os questionamentos a serem apurados, está a responsabilidade pela possível omissão.

Foto: reprodução Instagram

O delegado Paulo Gregório, titular do 5º Distrito Policial, adianta que foi solicitado exame necroscópico no cadáver.

“De imediato, as medidas mais urgentes foram tomadas pelo distrito da área como solicitação da perícia e o exame necroscopico no cadáver”, resumiu o delegado.

Corpo teria percorrido mais de 2 km por galeria

O tenente-coronel João Costa, comandante de operações do Corpo de Bombeiros, conta que o corpo de Wana Sara teria percorrido mais de 2 km por dentro da galeria da zona Leste. Ele conta que uma das hipóteses é que ela também tenha tentado se agarrar a um banheiro químico para tentar se salvar.

O tenente-coronel João Costa acrescenta que foram realizadas dois tipos de operações, inclusive com o uso de embarcações e jet ski pelo Rio Poti.

“Percorremos do Encontro dos Rios, na zona Norte, ao Teresina Shopping, na zona Leste. Nossa outra ação foi concentrada na galeria, desde a avenida Homero Castelo Branco ao Teresina Shopping, ambos na zona Leste. Essa última foi porque queríamos ter a certeza de que ela não ficou presa na galeria que tem bastante curvas. Acredito que o corpo foi arrastado por mais de 2 km. Parte de um banheiro químico foi encontrado muito próximo ao corpo e é provável que ela tenha tentado se segurar”, explica o militar.

Ele acrescenta que as circunstâncias da morte da professora serão esclarecidas pela perícia.

“A perícia da Polícia Civil vai identificar se ela abriu ou não o vidro do carro ou se o mesmo foi quebrado pela força da água. Se ela tiver baixado o vidro, ele vai estar intacto dentro da porta. Se não tiver, pode ter sido quebrado pela vítima ou pela força da água. Além disso, ela pode ter saído do carro antes de cair na galeria e morreu afogada ou pode ter morrido dentro do carro, o vidro quebrou pela força da água e ela foi arrastada”, supõe o militar.

João Costa chama atenção para que o trecho onde o carro foi arrastado seja interditado e reforça o apelo para que a população se abrigue em um local seguro durante um temporal. Hoje (06), a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans), informou a interdição total do trecho da avenida Homero Castelo Branco, entres as avenidas Senador Arêa Leão e João XXIII, na zona leste de Teresina. 

“Se estiver na rua e começar a chover, procure um local seguro e fique abrigado até passar a chuva. Além disso, é preciso esperar um pouco. Aquela via, da avenida João XXIII até à Homero, deveria ser interditada. Essa área da avenida Homero deve ser evitada durante chuva”, reforça o tenente-coronel.

Por: Graciane Sousa
Fonte: Cidadeverde.com

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