O tenente coronel da Polícia Militar Erotildes Messias de Sousa Filho foi indiciado pela morte de Admyston Rodrigues Alves, gerente de banco morto durante um tiroteio entre assaltantes e a PM em Miguel Alves, em abril de 2013. Durante a divulgação do inquérito que apura as circunstâncias do ocorrido, realizada nesta terça-feira (29), a Polícia Civil afirmou que o militar tem responsabilidade penal, já que foi dele a decisão de manter as barreiras que incitaram a troca de tiros entre os criminosos e a PM, que culminou com morte de Admyston.

“Existe responsabilidade penal do comandante da operação (Sousa Filho) durante o confronto. Pois embora no primeiro momento as barreiras tenham sido dispostas para conter os assaltantes do banco, a decisão de mantê-las nos mesmos pontos estabelecidas pelo comandante contribuiu para que houvesse o confronto que teve como desfecho a morte de um dos reféns”, afirmou o documento. Eroltildes foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A coletiva confirmou o que o ex-secretário de segurança Robert Rios já havia revelado em agosto de 2013, que os tiros que mataram o gerente foram disparado por armas da PM. Entretanto, o relatório não diz a quem pertencia a arma que disparou os tiros fatais. “O objetivo principal não era saber quem de fato realizou os disparos, mas a sim a responsabilidade pela morte”, apontou o delegado geral da Polícia Civil, James Guerra.

O delegado Robert Bezerra Lavosier afirmou que a conclusão do inquérito será enviada para a Justiça, em Miguel Alves. “Eles terão 15 dias para oferecer denúncia e decidir se o crime é comum ou militar”, disse.

Sandra Maria Lima, mulher do gerente, que também acompanhou a apresentação, disse que a conclusão do trabalho policial não trouxe nada de novo. “Não foi nenhuma surpresa esse resultado, agora eu quero que seja justiça, que os culpados pela morte do meu marido paguem e que essa morte não seja mais uma em vão”, afirmou.

Advogado Roger Gurgel, que representa a família da vítima, disse que o estado será processado.  “Como foi culpa do estado, a família vai pedir indenização”, finalizou.

Fotos: Foto: Carlienne Carpaso/G1

foto_2_1

Fonte: G1 – Paiuí

COMPARTILHAR

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui