A seca que castiga Valença do Piauí tem preocupado autoridades locais e, principalmente, o homem do campo que sofre com a escassez de alimento para os animais e a falta de alternativas concretas para enfrentar a estiagem. O vereador Chico do Major voltou a cobrar medidas urgentes e destacou que, sem apoio efetivo, pequenos produtores esperam apenas pela chegada das chuvas para sobreviver.
Nesta terça-feira (30), o Governo do Piauí renovou o decreto de situação de emergência em 119 cidades atingidas pela seca, entre elas Valença. O decreto, publicado no Diário Oficial, tem validade de 180 dias. Apesar disso, o vereador denuncia que, na prática, os produtores ainda não sentem os efeitos de medidas concretas para aliviar o sofrimento.
Segundo Chico do Major que reside na zona rural de Valença, as ações anunciadas não chegam ao campo e deixam os agricultores sem esperança. Ele defende alternativas mais consistentes, como a construção de pequenas barragens para represar água e garantir segurança para os animais no próximo ano.
“Vai chegar o inverno e não vai chegar nada de concreto aqui pra Valença. Não compramos nada, não compramos carro-pipa, não aproveitamos os três decretos estadual, federal e municipal pra gente adquirir mais um pipa, roçadeira, construção de pequenas barragens. Não foi feita nenhuma. Nesta quinta vou pedir novamente são apenas quatro horas de retroescavadeira em cada comunidade, já ia ajudar bastante”, desabafou.
O vereador lamenta que os decretos de emergência, tanto estaduais quanto federais, não resultem em medidas práticas para os pequenos agricultores.
“É só esperando decreto federal, decreto estadual, decreto de seca e decreto daquilo e nada é resolvido. Vai morrer os animais, vai ficar tudo mais caro e o pequeno agricultor aí no sofrimento”, criticou.
Outro ponto levantado por Chico do Major é a necessidade de olhar para a sobrevivência dos animais, já que o foco das políticas públicas tem sido apenas o abastecimento humano.
“Focalizam muito em cisterna, sim, meu irmão, a cisterna não dá pro bicho beber. A cisterna é quando tiver inverno, o pipa vai deixar mais é para o ser humano que sabe pedir, que sabe correr atrás. Pro animal mesmo não fizemos nada”, destacou.
Atualmente, segundo ele, a única salvação tem sido o carro-pipa mantido pela Prefeitura, mas o recurso é insuficiente para atender toda a zona rural.
“A salvação ainda é esse pipa que o município tem. O município tá mandando o pipa, mas é só um. Do governo do estado e do governo federal não conseguimos nada. Só tem um pipa, e a gente deveria ter tentado conseguir mais um”, disse o vereador.
Em conversa com o Portal V1 nesta quarta-feira (1), Chico do Major pediu sensibilidade das autoridades reforçando que a seca é um problema recorrente, que exige soluções definitivas. “O homem do campo precisa de apoio, e os animais também. Sem eles, não há produção, não há sustento não tem vida, alertou.

Fonte: Portalv1