O mês de maio, destaca-se entre os demais pela pluralização de manifestações que possui: no dia primeiro em nossa cidade é tradição colocar flores nas portas para saudar, Maria Mãe de Jesus porque também o mês lhe é dedicado. Maio é conhecido por mês das flores, por ser o período que as flores campesinas florescem, e nos deleitam com aroma e um pluralismo de cores e formas, poderíamos até arriscar dizer que nossa primavera ocorre no mês de maio.

O segundo domingo é dedicado ás mães, momento que ocorre a personificação da mulher como a flor mais preciosa do jardim humano, dedicam também o mês as noivas, pela beleza como elas se produzem para a celebração do matrimonio. Neste mês também ocorreu um fato muito importante há 95 anos atrás, dia 13 de maio de 1923, o nascimento de Maria do Ó da Conceição, na localidade Sambito. Atualmente, mora na Rua Edmundo Soares, bairro Lavanderia.

Dona do Ó, Mãe do Ó, Mãe Ceição, são os nomes mais populares que lhe chama, dona do Ó, por amigos vizinhos e conhecidos, Mãe do Ó, por parte dos netos e bisnetos, mãe Ceição pela maioria dos netos dos primeiros filhos, que são muitos. Só da filha Deuzinha, são 18, fora os do Luiz, do Jose, da Roxinha, da Paizinha, da Jesus,da Madá do Simão. A Maria, não deixou descendentes.

Os do Simão, são mambengas, pois é casado com Ivete, filha de Alice, que é filha de Maria, que é filha de Luíza Caboré, mas falei que os filhos do Simão eram mambengas e finalizou em Luíza Caboré? Sim! Uma metamorfose mesmo, mambenga era Antonio, casado com Maria, mãe de Maria, mãe de Alice que é mãe de Ivete, esposa de Simão filho de Dona do Ó, aniversariante de ontem 13 de maio. Falar sobre Dona do Ó, não é tarefa facil, porque são 95 anos de vida bem vividos, só no Bairro Lavanderia desde o final da década de 1950, daí ser considerada como uma das primeiras moradoras do bairro. Dona do Ó, tem uma importância muito grande na Historia do Bairro Lavanderia, porque na casa dela tinha um poço cacimbão, feito por seu esposo Sr Manoel Guilherme.

Este poço saciou a sede dos moradores por décadas, mas ela fornecia esta água com tanta bondade, porque via na água uma bênção Divina.Dona do Ó, era comadre de Dona Chiquinha Nunes, esposa do Cel. Abdon Nunes, trabalhou na residência por longos anos, lá alem de ter se transformado numa excelente culinária, aprendeu confeccionar doces de várias espécies. Os doces de Dona do Ó, foram referencia em nossa cidade abastecendo ate Teresina e outros estados da Federação Brasileira por onde estão radicados muitos valencianos. Outra marca forte de Dona do Ó, são os bolos feitos em forno a lenha com ovos de galinha caipira, goma da Ponta D’água, manteiga caseira do sambito, e o forno aquecido com lenhas provenientes do Morro Alto e Morro das Mangabas, deixavam uma perfeição seus bolos, dentre os quais, as preferencia eram por bolo doce, bolo branco, corredor (envolvido na palha de banana), manuë (com milho e puba) petas e os famosos bolos torrados.

Todos estes bolos eram colocados ao forno em tabuleiros de flandres confeccionados pelos artesão do ferro e flandre, Vicente Juvina e Jubileu Negreiros..Dona do Ó, teve uma preocupação de repassar todo este conhecimento para suas filhas, que atualmente são exímias, doceiras, culinária e bomerias em nossa cidade dentro da linha tradicional, tanto que elas aplicam a linguagem tradicional, (pratos, litros, gordura em substituição ao quilograma) esta forma é interessante pela preservação e manutenção da cultura chã do sertão.Diante de tantas atividades domésticas que exerceu, a mãe de família que é, dona Do Ó, é uma pessoa temente a Deus. Católica praticante, devota de Nossa Senhora do Ó, Divino Espirito Santo, Santa Cruz dos Milagres, São Francisco e outras divindades católicas.

É membro da Associação do Apostolado da Oração e da Confraria São Vicente de Paula, gosta de ir a missa, é vaidosa e gosta de andar arrumada e bem perfumada. Outras qualidades também preenchem a Historia de Dona do Ó, todos os anos seu natalício é comemorado com um farto jantar oferecido aos filhos, familiares próximos, vizinhos e amigos com presença cativa de remanescentes da família Nunes, principalmente Maria Nunes, que são comadres, e as filhas de Dona Frasquinha, Chiquinha e Lucia bem como o vereador Leonardo Nogueira, que lhe prestou uma homenagem na sexta faira na Câmara Municipal.

Uma homenagem muito justa, porque Dona do Ó é gente que acontece e fez historia em nossa cidade. As comemorações alusivas aos 95 anos de dona do Ó, foram iniciadas as 18:00h com a reza do Terço Mariano, através de suas amigas da Igreja de São Raimundo, principalmente, professora Jesus Gomes, Vanderlyr Leal, Amparo e Ana Luíza. Parabéns dona Maria do Ó da Conceição, pela passagem do seu natalício.

Texto: Professor Antônio José Mambenga

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