Foi preso no domingo (24) o tio do jovem que confessou ter matado e enterrado a própria sogra na dispensa de casa. Tio e sobrinho estão presos na Central de Polícia, em João Pessoa, e o jovem deve ser ouvido em uma audiência de custódia nesta segunda-feira (25). Segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais. A filha da vítima, companheira do suspeito, foi ouvida e liberada. O corpo da mulher foi liberado e levado para ser enterrado na cidade de Condado.

O crime aconteceu no bairro Bancários no dia 17, mas o corpo da vítima só foi encontrado na madrugada do domingo, uma semana depois. Segundo a polícia, o genro confessou a autoria do crime e disse que pretendia ficar com os bens da vítima.

Segundo o delegado da Polícia Civil Wagner Dorta, em seu depoimento o jovem disse que no domingo asfixiou a sogra com um golpe chamado “mata-leão”, colocou um saco na cabeça dela e amarrou as mãos pra trás. O corpo foi escondido para que na segunda-feira ele chamasse o tio pra cavar um buraco. Eel contou à polícia que alegou para o tio que o buraco seria para instalar um aparelho de ar-condicionado. O corpo só teria sido enterrado na dispensa na terça-feira (19).

Investigação
Ainda segundo Dorta, a vítima estava desaparecida desde o dia 17 de abril e após uma semana de investigação, policiais do serviço de inteligência receberam uma denúncia anônima de que a vítima estava enterrada dentro da própria casa. A mulher foi encontrada na dispensa da residência.

“Depois dessa informação nós chamamos a filha da vítima e fomos até a casa. Durante uma varredura, um dos policiais desconfiou da cerâmica que revestia o piso da dispensa, pois estava trocada e havia terra na casa do cachorro. Os policiais tiraram a cerâmica e depois que o corpo foi encontrado, ligaram a Delegacia de Homicídios”, disse o delegado.

Minutos após o encontro do cadáver, o suspeito foi preso próximo a um shopping, no bairro Bancários e assumiu a autoria. “O suspeito conta que matou a vítima com as próprias mãos e que a intenção dele era ficar com o patrimônio da sogra”, disse Wagner Dorta.

sogra_bancariosEx-marido não percebeu mudança na cerâmica do
piso na despensa. 

O ex-marido da vítima disse que ficou sabendo do desaparecimento da mulher na quarta-feira (20), após tentar falar com ela por telefone durante dois dias e não conseguir.

“Eu tinha viajado para Fortaleza, no Ceará, e na segunda-feira liguei pra ela, mas ninguém atendeu. Liguei na terça-feira e ninguém atendeu. Quando foi na quarta-feira eu liguei para minha cunhada e pedi pra ela ir na casa. Ela chegou lá e disse que achou estranho, pois não havia ninguém em casa e todas as luzes estavam acesas. Foi quando chamei um chaveiro e acionei a polícia”, disse ele.

O ex-marido da vítima conta que chegou a procurar a mulher dentro de casa e passou pela despensa, mas não percebeu a diferença no piso. “O chaveiro ainda achou estranho o piso estar molhado, mas pensamos que foi por causa da chuva”, frisou o ex-marido da vítima.

Uma vizinha da vítima disse que o genro morava na mesma casa dela havia pouco tempo, mas que a relação entre eles era marcada por conflitos. “Recentemente ela estava morando com a filha, o genro e um neto bebê. Com a filha ela tentava manter uma relação boa, mas, de um tempo pra cá, quando o genro veio morar junto, eles começaram a se desentender. Ela exigia que ele trabalhasse para sustentar a filha dela, mas ele não queria”, disse a amiga da família.

Fonte: G1-PB

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