O Senado elegeu nesta segunda-feira (25), em votação simbólica, a comissão especial do impeachment que vai analisar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Na prática, a eleição apenas referendou a indicação feita pelos líderes dos seis blocos partidários da Casa. O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, é a legenda com o maior número de integrantes: cinco.

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Também nesta segunda, o Senado protocolou no Palácio do Planalto a eleição da comissão. No documento, já o pedido para que a presidente, se desejar, se manifeste sobre diligências ou providências na Casa.

Na próxima terça-feira (26), os membros da comissão deverão eleger o seu presidente e relator. A presidência deverá ficar com o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado pelo bloco do seu partido. “O regimento estipula que temos 48 horas para ser instalada a comissão. Até 48 para ser instalada a comissão. Se eu instalasse hoje, seria 0 horas. Se eu instalasse na quarta-feira, seriam 48 horas. Por isso tomei a decisão salomônica de instalar a comissão amanhã às 10h”, disse o senador Lira.

Apesar de ter sido indicado pela legenda de Temer, classificado por líderes petistas como “conspirador do golpe” contra a presidente Dilma, Lira foi classificado como um moderado e foi bem recebido por senadores como Lindbergh Farias (PT-RJ).

A polêmica, no entanto, está em torno da escolha do relator da comissão, responsável por emitir um relatório sobre o pedido de impeachment ainda na fase da comissão especial. O PSDB indicou o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais (sucedeu Aécio Neves, do PSDB-MG) e um dos maiores aliados de Aécio, principal líder da oposição.

As senadoras governistas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) fizeram duas questões de ordem pedindo que o senador Antonio Anastasia nem qualquer outro parlamentar do PSDB possam assumir o cargo de relator da comissão especial do impeachment no Senado.

Gleisi e Vanessa argumentam que o PSDB não teria “isenção” para ocupar a relatoria da comissão. Anastasia foi o indicado do PSDB para o cargo. Renan Calheiros decidiu, no entanto, que as questões de ordem levantadas pelas parlamentares sejam decididas pelos integrantes da comissão especial a partir da próxima terça-feira (26).

Fonte: UOL.com

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