O presidente Michel Temer fez novo pronunciamento na tarde deste sábado (20). Ele declarou que iria ao Supremo Tribunal Federal para pedir a suspensão do inquérito que o investiga até que a autenticidade dos áudios seja confirmada. O pedido já foi protocolado na tarde de hoje.

Com atraso de 40 minutos, Temer falou à imprensa que a gravação onde teria dado aval a Joesley Batista, da JBS, para comprar o silêncio de Eduardo Cunha (PMDB), seria “fraudulenta, clandestina, manipulada e adulterada”.

Temer disse que a delação de Joesley, assim como a obtenção dos áudios, feita por ações controladas pela Polícia Federal e Procuradoria Geral da República, foram feitas com “interesses subterrâneos”.

“Essas informações certamente foram vazadas por gente ligada ao grupo JBS. Antes de vazar, a empresa comprou R$ 1 bilhão de dólares, porque sabia que provocaria o caos no país. Ele vendeu ações da sua empresa antes da queda da bolsa, porque sabia o que aconteceria”, disse o presidente.

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Renúncia

Michel Temer voltou a dizer que não deixará o governo e que não se considera culpado. Segundo ele, durante a conversa com Joesley, não teria acreditado no relato do empresário, que seria um “conhecido falastrão”. Na ocasião, o proprietário da JBS diz ter comprado juízes e um procurador para barrar investigações contra si, por corrupção.

Matéria original

O presidente Michel Temer vai fazer novo pronunciamento à nação neste sábado,  para voltar a se defender da acusação de envolvimento em irregularidades, relatadas na delação premiada do empresário Joesley Batista, da JBS. A Coluna apurou que ele deve falar sobre a perícia na gravação feita por Joesley que levantou suspeita de enxerto de ruídos e cortes. Essa será a principal linha de defesa do governo.

A gravação foi feita por Joesley e entregue como prova de sua delação premiada. A PGR não periciou o material nem mesmo a Polícia Federal, que só entrou no caso dia 10 de abril quando acionada pelo STF.

Nela, Temer e Joesley conversam sobre vários assuntos. O empresário conta ao presidente, por exemplo, que comprou um procurador da República para ter informações privilegiadas da Lava Jato. Temer não repreende Joesley. Ele também relata que está cuidando bem de Eduardo Cunha e Lucio Funaro, ambos presos.

Esse é um dos trechos mais polêmicos. O procurar-geral Rodrigo Janot diz que Temer concordou com pagamento de mesada dada por Joesley para que os dois não delatassem. Mas a gravação não deixa isso claro. Na maioria das vezes, a fala de Temer é inaudível.

Fonte: Cidadeverde.com por Estadão

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