Os professores da rede estadual de ensino do Piauí encerraram nesta segunda-feira (21) uma greve que durou 36 dias. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinte), Odeni Silva, os docentes devem retornar ainda esta tarde às salas de aula.

565f981a2b3dd53801d17eee57a88afb

“Na assembleia desta segunda-feira definimos que o retorno será imediato, para garantir a normalização do serviço até poucos dias depois da Semana Santa. Vamos fazer a reposição do período parado, mas cabe a cada escola montar um novo calendário”, falou.

No acordo firmado com o sindicato, o governo estado se comprometeu a pagar o reajuste de 11,36% parcelado em duas vezes. A primeira parcela de 4%, reatroativa a janeiro, será debitada em março e a última, de 7,36%, em julho.

“Infelizmente o reajuste não foi da forma como queríamos, em parcela única, no entanto achamos por aceitar a proposta do governo para os professores não saírem mais prejudicados. Além do aumento, ficou acertado também a liberação da conta do Sinte-PI, que estava bloqueada por decisão judicial, a extinção da multa de R$ 600 mil dada pelo Tribunal de Justiça ao sindicato e o não desconto dos dias parados nos contra-cheques dos servidores”, explicou Odeni Silva.

De acordo com a presidente do Sinte-PI, a demora para chegar a um acordo partiu do próprio governo, que se recusou em negociar com os professores e acionou a Justiça. Durante o período de greve, 18 mil dos 23 mil servidores estavam com as atividades paradas em todo o Piauí, afetando 260 mil estudantes em cerca de 600 escolas.

A Secretaria Estadual de Educação informou que na próxima segunda-feira (28) vai divulgar um novo calendário com a programação para reposição das aulas.

Entenda o caso                                                                                                                                                                             
Os trabalhadores de educação entraram de greve no dia 15 de fevereiro, data marcada para o início do ano letivo. A principal reivindicação da categoria, segundo o Sindicato, era o cumprimento do pagamento do piso salarial dos professores a nível nacional e um reajuste de 11,36% pagos em apenas uma parcela.

Na época, o governador Wellington Dias afirmou não negociar com nenhum grevista e ameaçou cortar os pontos daqueles que não voltassem a trabalhar. No dia 2 de março, o governo do estado concedeu o reajuste apenas para os professores que estivessem trabalhando.

A falta de acordo foi parar na justiça, que determinou através de liminar que 70% da categoria retornasse no prazo de 48h as suas atividades e multa no valor de R$ 100 mil por dia, caso a decisão fosse descumprida.

Fonte: Piripiri40Graus

COMPARTILHAR

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui