A Polícia Civil do Piauí abriu inquérito para investigar a possível criação de um “tribunal do crime” em Teresina, comandado por integrantes da facção criminosa do Maranhão, conhecida com Bonde dos 40.

A circulação de um vídeo – com imagens impressionantes – mostrando um rapaz sendo punido com tiros nas duas mãos, motivou a investigação. A Polícia Civil tem em poder dois vídeos. O Cidadeverde.com teve acesso a um dos vídeos, mas por terem imagens fortes, o site optou em não divulgar.

O Bonde dos 40 é conhecido por “fazer justiça com as próprias mãos” e instalar um verdadeiro “tribunal do crime” para quem invade a área liderada pela facção criminosa, que se auto financia pelo tráfico de drogas e tenta repassar uma falsa sensação de segurança a sociedade.

No vídeo, um homem, supostamente autor de um roubo, aparece ajoelhado e é vítima de dois tiros nas mãos. Ele também tem uma arma apontada para a cabeça.

“Esse aqui é um safado que roubou na quebrada. Tu vai roubar na quebrada ainda ? Por que que tu roubou? Não vai falar, não?  Não rouba na quebrada que aqui tem lei. Aqui tudo é 40”, diz o autor dos disparos, que também gravou as imagens.

O vídeo teria sido gravado na rua São Sebastião, bairro Santo Antônio, no local conhecido como Beco da Mariquesa, na zona Sul de Teresina.

Na região há pichações com o  nome Bonde dos 40.

Pichação no bairro Santo Antônio, na zona Sul de Teresina (Foto: Graciane Sousa/ Cidadeverde.com)

Pichação no bairro Santo Antônio, na zona Sul de Teresin (Foto: Graciane Sousa/ Cidadeverde.com)

POLÍCIA CIVIL APURA O CASO

O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko Leal, designou uma equipe para apurar o caso.

“Vamos investigar, principalmente, identificar quem é essa pessoa que aparece  no vídeo sendo alvejada com os disparos de arma de fogo. A partir dessa identificação, vamos confirmar onde esse fato ocorreu, se foi em Teresina, quando ocorreu, quem são os autores e a motivação do crime. Tudo parte, inicialmente, da identificação dessa vítima. A partir disso, vamos nos posicionar melhor a cerca da motivação do crime”, disse Luccy Keiko.

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