A Polícia Civil investiga a morte de um detento retirado da Unidade de Apoio Prisional (UAP), em Altos, Norte do Piauí, para capinar o sítio de um agente penitenciário nessa quarta-feira (3). A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar para apurar o fato e aguarda laudo para confirmar a causa do óbito.

“Na quarta-feira, por volta das 15h, um detento foi retirado do sistema prisional e levado para o sítio de um agente penitenciário. No retorno a unidade, ele se sentiu mal e morreu dentro do carro do servidor”, informou o delegado Sebastião Alencar.

Unidade de Apoio Prisional (UAP) em Altos — Foto: Reprodução/TV ClubeUnidade de Apoio Prisional (UAP) em Altos — Foto: Reprodução/TV Clube

A Secretaria de Justiça, ao tomar conhecimento do caso, conduziu o agente para a Central de Flagrantes. Segundo o delegado, o servidor responsável pela remoção do preso, o chefe de plantão e um outro funcionário foram ouvidos.

“Será aberto um processo administrativo disciplinar pela Secretaria de Justiça e um inquérito policial foi instaurado para apurar a circunstância que ocorreu o falecimento do preso. O agente prestou depoimento e foi liberado em seguida”, disse Sebastião Alencar.

Processo administrativo

Segundo o diretor da Unidade de Administração Penitenciária da Sejus, capitão Dênio Marinho, todas as medidas necessárias para a apuração dos fatos foram feitas. Ao G1, ele definiu o caso como ‘inusitado’.

“Sem dúvida foi uma irregularidade, um fato inusitado. Nunca a gente viu isso no sistema penitenciário. Por conta da gravidade, o secretário de justiça instaurou o processo administrativo, que tem 30 dias para ser concluído. Caso comprovada a participação do agente, ele pode ser expulso do cargo”, declarou o diretor.

Ele revelou também foi solicitado o afastamento do agente penitenciário, que deve ser publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (5). A Secretaria aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa da morte do preso.

O agente penitenciário foi identificado apenas como Lustosa e trabalha há mais de 30 anos no sistema prisional do Piauí, conforme o diretor.

Fonte: G1PI Por Catarina Costa

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