Policiais civis do Piauí paralisam as atividades nas delegacias da Capital e interior a partir do dia 03 de abril. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí (Sinpolpi), o serviço será suspenso e sem previsão de retorno.

O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, afirma que atos de paralisação são extremos, sendo realizados apenas quando a categoria não encontra o mínimo de acordo e interesse do governo em atender reivindicações e cumprir decisões judiciais favoráveis à Polícia Civil.

“Realizamos um movimento paredista ainda no ano de 2015, quando conquistamos o processo de dissídio coletivo de greve com o acordo de 12 itens entre governo e policiais civis. Alguns foram cumpridos, mas os essenciais encontram-se em contínuo descumprimento por parte do governo do Estado, como o reajuste salarial previsto para o triênio de 2016-2017-2018 e o pagamento da gratificação de insalubridade”, explica o presidente.

Durante a paralisação, os atendimentos em delegacias da Capital e interior estarão suspensos, com exceção apenas dos casos de estupro, crimes contra a vida e crimes contra crianças e idosos.

Além da falta de reajuste e pagamento de gratificações, os policiais civis denunciam as condições precárias em que se encontram as delegacias do Piauí, principalmente na Capital. Em ação civil pública, ajuizada ainda no ano de 2013, o Sinpolpi denunciou a situação relatando as necessidades enfrentadas pelos policiais civis e pela população que faz uso dos serviços.

Constantino Júnior relembra que existe decisão liminar determinando ao Estado do Piauí a realização das reformas necessárias nas delegacias de polícia da Capital, a fim de disponibilizar aparelhamento e boa estrutura. Porém, o Estado entrou com um agravo de instrumento dentro do processo, com o intuito de suspender os efeitos da liminar.

“O Estado entrou na Justiça para tentar suspender efeitos de decisões judiciais que serão benéficas não somente para a categoria, mas também para a população. Felizmente o agravo foi negado e, por conta disso, o Estado continua descumprindo a ordem de reformar as delegacias da Capital. Isso ratifica, mais uma vez, a completa falta de interesse da administração pública em melhorar a qualidade do serviço da segurança pública”, relatou o presidente.

De acordo com o Sinpolpi, o movimento dos policiais civis coincide com a paralisação dos agentes penitenciários. Na próxima semana, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (Sindepol) se reúne com os filiados para deliberar sobre realização de movimento paredista.

Foto: Sinpolpi

Em assembleia geral extraordinária, mais de 170 policiais civis decidiram pela paralisação

Fonte: Cidadeverde.com / Graciane Sousa

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