O governador Wellington Dias (PT) admitiu na manhã desta quinta-feira (21), durante solenidade de promoções de policiais militares, que a realização de eleições presidenciais este ano, junto com as eleições municipais, pode ser uma saída para a crise política do Brasil. Ele frisa, no entanto, que é preciso que haja uma concordância da presidenta Dilma para o pleito ocorrer.
“Se houver concordância por parte da presidente, acho que isso é uma saída democrática porque passa por uma decisão de PEC (Propostas de Emenda Constitucional) do Congresso Nacional e por uma eleição. Assim não seria golpe. É algo que precisa ser estudado, quem sabe pode ser a saída pela democracia”, afirmou o governador.
A discussão sobre a realização de novas eleições presidenciais ganhou força dias antes da votação do impeachment da presidente Dilma pela Câmara dos Deputados, no último domingo (17). 27 senadores, entre eles os piauienses Elmano Ferrer (PTB) e Ciro Nogueira (PP) demonstraram apoio para que se discuta no Senado a PEC. A PEC das novas eleições, como é conhecida, já foi protocolada com 30 assinaturas, duas a mais que o necessário para protocolar o documento.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a discussão segue firme no Governo, com alguns dos principais ministros tentando convencer Dilma de que as “Diretas Já” dariam a ela o melhor discurso se for afastada em maio para esperar pelo julgamento do impeachment no Senado. Para que a PEC tivesse êxito, no entanto, seria necessária a renúncia não somente de Dilma, mas também do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Para Wellington, a realização de uma nova eleição seria uma alternativa porque a posse de Temer, com a saída de Dilma caso o impeachment passe no Senado, não seria viável, já que o vice-presidente está sendo questionado pela Justiça. “O Governo Michel Temer e o vice Eduardo Cunha (que assume em caso de ausência do presidente) também enfrentaria problemas. Eduardo Cunha já com vários crimes comprovados”, afirmou o governador.
Fonte: Jornal O Dia
