O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) disse não acreditar que a reforma da Previdência seja votada ainda neste ano e afirmou que esse deve ser um tema discutido durante as campanhas para as eleições de 2018. Sobre política, o parlamentar enfatizou a vontade do partido de colocar o deputado estadual Themístocles Filho como vice na chapa de Wellington Dias (PT) e declarou que “não chamar o PMDB seria uma desconsideração”.

As informações foram dadas em entrevista ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (8). Castro reforçou que a reforma da Previdência é necessária porque a expectativa de vida da população está aumentando.

“A reforma é uma necessidade imperiosa. Não é uma questão de ideologia, é uma questão de números. Do jeito que está hoje, ela não se sustenta. Os demais países já fizeram a reforma, estão fazendo, ou ainda vão fazer. As pessoas estão vivendo mais e a consequência é que temos que contribuir durante mais tempo. É uma coisa óbvia. Na década de 50, as pessoas viviam, em média, 43 anos. Hoje, vivemos 75,8. Antes, as mulheres tinham, em média, 6 filhos, agora têm 1,77. Ou seja, estamos jogando menos gente no mercado para contribuir”, argumentou.

O deputado explicou que a idade mínima de 65 anos, pela proposta do governo, só passaria a valer em 20 anos, mas acredita que as pessoas estão vendo o governo com um certo “trauma”, por causa do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), por isso a questão está tendo tanta dificuldade no Congresso.

“O problema é que o governo já perdeu a batalha da Previdência. O governo já entrou com um trauma, teve impeachment, além disso, esse tema não tinha sido debatido nas eleições passadas. É importante que ele seja discutido nas próximas eleições para que o próximo presidente possa colocá-la em prática. Nessa semana, o clima estava bastante desfavorável e o sentimento é que a reforma terminará sendo votada só no próximo ano porque o governo não está conseguindo os votos mínimos necessários. Mas as pessoas têm que ver que a proposta da idade mínima é espaçada. Começa com 53 anos, só vai chegar a 65 anos daqui a 20 anos.

Eleições 2018

Marcelo Castro considerou “um grande erro dos partidos” fazer uma eleição pensando na seguinte ou “olhando pelo retrovisor”. Com base nisso, ele afirmou que o cenário de 2014 era totalmente diferente do cenário atual e enfatizou a força do PMDB na chapa de Wellington Dias.

“Eleição a gente faz uma por uma. Em 2014, eram poucos partidos ao lado de Wellington Dias. Tinha muita vaga e pouco partido. Em 2018, temos muitos partidos ao lado dele e poucas vagas. Nessa situação, tem que distribuir as vagas contemplando o maior número de partidos possíveis. E não chamar o PMDB para compor uma vaga majoritária é uma desconsideração”, afirmou.

Castro argumentou que o PMDB tem uma grande afinidade com Wellington Dias. “De 2002 para cá, só divergimos em 2014, por um motivo justo: tínhamos candidatura própria. Mas a participação do PMDB é decisiva, importantíssima. Compor uma chapa hoje no Piauí e não colocar o PMDB para participar é impensável. Vamos trabalhar para reeleger Wellington e Ciro Nogueira (PP) e para colocar Themístocles na chapa como vice”, finalizou.

Fonte: cidadeverde.com / Jordana Cury

COMPARTILHAR

Comentários no Facebook

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui