O líder do governo e ex-secretário da SDR, Francisco Limma, definiu como “estranho” mais uma operação da polícia e Ministério Público Estadual contra órgãos do governo. Hoje foi a vez da operação Itaorna, que investiga supostas fraudes em licitações nas secretarias de Turismo e Desenvolvimento Rural, no Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), e nas coordenadorias de Desenvolvimento Social e Lazer e Coordenadoria de Combate à Pobreza Rural.Para o parlamentar, as operações têm ligação com o período eleitoral.

“Só atribuo isso ao fato de estarmos aí a 25 dias do período eleitoral. Pedir um mandado judicial para buscar um processo, o que poderia ter sido feito administrativamente. É um exagero ocupar um juiz com isso. Agora se oficiou, fez menções e nada, aí sim”, disse Limma em entrevista à TV Cidade Verde.

O deputado disse ser estranha a sequência de operações, praticamente semanais. No dia 02 de agosto a Polícia Federal deflagrou a operação Topique, que investiga fraude em transporte escolar. Na ocasião foram presos servidores da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e empresários. No final de agosto foi a vez do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) deflagrar a operação Natureza, que investiga fraude e corrupção em licenciamento ambiental no estado.

“O que é estranho é essa sequência de operações semanais, e que isso vem sendo dito inclusive pela oposição nos corredores e bastidores lá da Assembleia. Toda semana tem uma. Utilizar um aparato policial para buscar um processo, quando ele poderia ter sido solicitado”, reclamou o deputado.

Segundo o líder do governo, a orientação do governo é de repassar qualquer informação solicitada por órgãos de controle. “A orientação tem sido essa: sempre que algum órgão de controle pedir informações, que elas sejam disponibilizadas. O governo tem interesse de saber a idoneidade de qualquer parceiro”, declarou.

Limma questionou que órgãos como o Ministério Público podem estar sendo induzidos por interesses privados. “A PRF sendo ocupada quando poderia está ajudando a controlar o trânsito. Sendo ocupada para pegar informações de um processo que não tem ilegalidade. O que eu estou questionando é se o Ministério Público não está sendo induzido por interesses privados. Pode ser um servidor que não teve o reajuste que ele queria. Termina os órgãos de controle entrando nessa história. A gente precisa compreender quem está por trás disso. Essa questão precisa ser levada a sério. Se assim for tem que acabar com a reeleição. Se não foi feito antes, porque agora em semanas seguidas? O que é estranho é acontecer nesse período. Ja ouvi hoje dizendo que na próxima semana tem mais”, declarou.

Foto: Catarina Malheiros

O deputado disse ainda que as instituições precisam ter cuidado para não virar uma onda de perseguição no período eleitoral. “A disputa eleitoral não pode orientar nenhum órgão de controle e fiscalização. Eles  foram criados para investigar, analisar e ofertar denúncias de quem cometeu ilegalidade”, finalizou.

Fonte: Cidadeverde.com / Hérlon Moraes

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