Um traficante será obrigado a indenizar o município de Água Branca (a 98 km de Teresina) por danos morais coletivo. A decisão é inédita no Piauí. Ele foi preso durante a operação “Medium Parnahyba” com 13kg de drogas. O Ministério Público Estadual entendeu que o traficante provocou prejuízos a comunidade. O juiz atendeu o pedido do promotor Mário Normando e imputou uma indenização no valor de R$ 10 mil. O preso recorreu da decisão.

Segundo o promotor, o pedido foi com base no Código de Processo Penal. “É uma decisão com teor simbólico que reconhece o tráfico como prejuízo, além de aumentar a criminalidade tem impacto danoso para o coletivo, para economia e para a segurança”, disse o promotor.

Segundo Mário Normando o consumo de droga em Água Branca aumentou bastante. “Cerca de 75% da criminalidade em Água Branca está ligada ao tráfico de droga em estatística dos últimos seis anos”.

O coordenador da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), o delegado Menandro Pedro, também comemorou a decisão inédita.

Menandro destacou que o número de prisões subiu para 20 e cerca de 100 quilos de drogas já foram apreendidas.  Além de drogas, foram apreendidas armas de fogo e uma grande quantidade de dinheiro. O montante não foi informado.

“É a primeira condenação do Brasil, do traficante, por danos morais a sociedade. Eu queria parabenizar ao Ministério Público e a Justiça, pois sem esses dois não tínhamos como fazer essa operação”, disse o coordenador.

A Operação acontece simultaneamente nos estados do Piauí, Maranhão e São Paulo. Fábio Abreu, secretário de Segurança do Estado, ressaltou que as investigações estão ocorrendo com a participação dos Núcleos de Inteligência de cada estado para que sejam identificadas e presas não apenas os pequenos fornecedores, mas os grandes, considerados líderes do tráfico de drogas no país. Mais de 100 policiais participam da operação.

“Temos como foco buscar a origem, os fornecedores fora do nosso Estado, para que também seja preso. Estamos fazendo uma interligação entre as inteligências. Não queremos só prender pessoas pequenas, na periferia do tráfico, vamos focar no grande traficante”.

Fonte: cidadeverde.com / Flash Yala Sena e Carlienne Carpaso

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