O governador do Piauí fez uma exposição sobre o atual quadro do Nordeste. Segundo Wellington Dias, “a região tem uma carteira de investimentos privados da ordem de U$ 160 bilhões, cerca de R$ 500 bilhões. Só no Piauí, são R$ 62 bilhões de investimentos privados em diferentes áreas, como energias eólica, solar, hidrelétrica, biomassa, também na área de gás, petróleo, mineração, produção animal, vegetal, industrialização. Ainda investimentos na área do comércio atacadista, varejista, shoppings, distribuição e nos setores de turismo produção irrigada”.
Dias evidenciou a necessidade de investimentos públicos para viabilizar investimentos privados. “O que estamos pedindo é uma condição com a União para alavancar esses investimentos e viabilizar o crescimento econômico e geração de emprego”, afirmou.
“A proposta é a compensação pela queda do Fundo de Participação dos Estados (FPE), com base na inflação e a aprovação do Prodepro, que, em entendimento no último mês, em Fortaleza, com o Banco do Nordeste, Banco Interamericano e Banco Mundial, foi definido um teto de U$ 3 bilhões ou próximo de R$ 10 bilhões, a exemplo do bem sucedido Prodetur para área do Turismo. A União banca a metade e os estados a outra metade, como empréstimo. Com isto, fazemos acontecer os investimentos privados. Cresce o Nordeste, gerando emprego e renda, e ajuda o Brasil a sair da crise”, declarou.
As propostas foram recebidas pelo ministro e sua equipe. Foi criado um grupo de trabalho que se comprometeu em estudar essas propostas e dar um rápido retorno. “O ministro reconhece que a rolagem da dívida beneficiou mais uns estados do que outros e que estados como o Piauí fizeram o dever de casa e, por isso, precisam de uma alternativa para seu crescimento econômico. É um momento delicado de grandes dificuldades, eu também reconheço, mas esperamos um posicionamento do ministro, permitindo que o Piauí e o Nordeste possam contribuir com o crescimento da economia brasileira”, informou o governador.
Participaram da audiência, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles; o secretário executivo do Ministério, Eduardo Guardia; a secretária do Tesouro Nacional Ana Paula Vescovi; governadores de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte – Renan Filho, Rui Costa, Camilo Santana, Flávio Dino, Ricardo Coutinho, Wellington Dias, Robinson Farias; vice-governadores de Pernambuco e Sergipe – Raul Henry e Belivaldo Chagas; Chefe da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster; secretários de Fazenda da Bahia, Pernambuco e Piauí – Manoel Vitório, Marcelo Barros e Rafael Fonteles.
Fonte e foto: portal AZ
