O ex-prefeito de Prata do Piauí, Antônio Gomes de Sousa, conhecido como Antônio Parambu, de 42 anos, e sua esposa, assim como três sobrinhos do casal, empresários e um membro da comissão de licitação da prefeitura da cidade foram presos na Operação Argentum da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira(26). As investigações apontaram que o ex-gestor seria o líder da organização criminosa, suspeito de ocultar o próprio patrimônio, em nome de parentes, que teriam sido usados como ‘laranjas’.

A operação investigou desvios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) pagos ao município em 2016 em razão de precatórios judiciais. Em uma semana, o ex-gestor teria transferido R$ 2,7 milhões de recursos do Fundeb para a conta de um banco privado.

“A operação foi uma ação integrada da PF. CGU, TCU, TCE-PI. Verificamos uma transferência suspeita da conta do Fundeb do município de Prata para a conta de um banco privado. Em uma semana foram transferidos R$ 2,7 milhões para uma conta do Bradesco de onde foram realizados pagamentos a empresas fantasmas e de fachadas”, explica o chefe da Delegacia de Combate a Crimes Organizados da PF no Piauí, Reinaldo Camelo, acrescentando ainda que três empresas eram em nomes de parentes do ex-prefeito criadas com a finalidade de ocultação de patrimônio.

Entre as empresas alvos da operação estão um posto de combustíveis com uma pousada, uma farmácia e uma empresa fantasma. As empresas tinham sede nas cidades de Teresina e Demerval Lobão (ambas no Piauí), além de Independência, Crateús e Tamboril (no Ceará).

“Os bens registrados dessas empresas, por se tratar de lavagem de dinheiro, serão apreendidos e foi determinado o sequestro para fins de restituir o patrimônio da União”, ressalta Reinaldo Camelo.

Os recursos foram desviados em dezembro de 2016, ou seja, no fim do mandato de Antônio Parambu (PTC), prefeito no exercício de 2013 a 2016, que tentou reeleição, mas perdeu para Willhelm Barbosa Lima, o Neguim Barbosa (PTN).

Ao todo foram efetuadas dez prisões, até o momento, cinco conduções coercitivas, três ainda estão foragidos. Também foram apreendidos sete veículos.  Os mandados foram cumpridos nas sedes das empresas e residências dos investigados. As ordens judiciais foram deferidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Teresina.

Os suspeitos estão sendo ouvidos na sede da Polícia Federal e de acordo com o delegado Reinaldo Camelo, eles serão depois encaminhados ao presídio Irmão Guido e penitenciária Feminina.

O patrimônio bloqueado do ex-prefeito ultrapassa R$ 1,5 milhão, de acordo com a PF.

Carros de luxo com dinheiro público

Em coletiva na sede da PF-PI, o delegado disse ainda que entre os bens adquiridos supostamente com recursos públicos desviados da Educação estão dois carros de luxo: um Camaro e uma Land Rover que no total valem cerca R$ 450 mil.

“O ex-prefeito desviou os recursos da Educação e em seguida começou a lavar esse dinheiro por meio de empresas de fachada e fantasmas em nome dos sobrinhos. Isso era feito para ocultar esse patrimônio”, enfatiza o delegado.

Segundo ele, os veículos constavam como bens de uma empresa fastasma, ou seja, que não existe.

Dinheiro do Fundeb seria aplicado na reforma de escolas

A superintendende da Controladoria Geral da União, no Piauí, Érica Lobo, ressalta que a suspeita sobre o desvio de recursos da Educação surgiu durante inspeção do órgão ao município.

“O dinheiro era para reformar escolas e foi aplicado, no máximo, na pintura nas fachadas, nem sequer foram realizadas nos prédios por completo. Na parte hidráulica e elétrica não foi feito nada”, ressalta.

Érica Lobo frisa que a transferência imediata dos R$ 2,7 milhões também chamou atenção.

“O dinheiro entrou nos cofres públicos do município em dezembro e em uma semana foi transferido. A despesa pública tem todo um caminho a percorrer, não é como o dinheiro de um particular. No serviço público há estágios da despesa e nenhum desses  foi observado”, frisa a superintendente da CGU-PI.

Fonte: cidadeverde.com / Graciane Sousa/Redação Caroline Oliveir

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