O ex-goleiro do Santos Futebol Clube Edson Cholbi do Nascimento, filho de Pelé, que estava preso desde a última sexta-feira (24) na cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos, no litoral de São Paulo, foi libertado na tarde desta quinta-feira (2). A prisão de Edinho foi suspensa pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Saldanha, na tarde de quarta-feira (1º).

A decisão do ministro suspendeu a determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo que, no último dia 23, mandou prender o ex-atleta. Na ocasião, o TJ-SP julgou o recurso de apelação da defesa do ex-goleiro contra a condenação dele por lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

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Edinho, filho de Pelé, é libertado da cadeia em Santos, SP (Foto: Nina Barbosa/G1)

Com a decisão, Edinho deverá aguardar em liberdade o julgamento definitivo do habeas corpus pelo próprio STJ. Ao sair da cadeia, Edinho conversou rapidamente com o G1, “Estou satisfeito com a liminar. Nada mais justo. Estou em busca da Justiça e a luta continua. Quero voltar para o colo da minha família. Eu nunca fiz lavagem de dinheiro. Não existe nenhuma comprovação disso no processo. É um absurdo. Nunca vão provar isso pois nunca ocorreu”, disse.

O TJ-SP condenou Edinho e reduziu a pena de 33 anos e quatro meses de reclusão para 12 anos e dez meses em regime fechado. O ex-jogador estava esperando o julgamento da apelação em liberdade. Após sair da cadeia, o ex-goleiro, que agora exerce a função de técnico de futebol, disse esperar que a prisão não atrapalhe o futuro da sua carreira.

“Eu fiquei em uma equipe trabalhando vários meses sem receber salário. Agora quero dar sequência na minha vida. Espero que o mercado do futebol me veja com bons olhos. Garanto e tenho convicção da minha capacidade. Aguardo uma nova oportunidade no futebol e, se Deus quiser, ela logo irá aparecer”, falou.

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                                                  Edinho e Pelé (Foto: Divulgação)

Prisão ilegal
De acordo com o advogado Eugênio Malavasi, que defende Edinho, a prisão de foi ilegal e, por isso, ele deu entrada no pedido de habeas corpus. “O colegiado não fundamentou a medida de deixá-lo preso”.

Os outros envolvidos no processo, com situação idêntica a Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o “Nai”; Maurício Louzada Ghelardi, o “Soldado”; Nicolau Aun Júnior, o

Prisão ilegal
De acordo com o advogado Eugênio Malavasi, que defende Edinho, a prisão de foi ilegal e, por isso, ele deu entrada no pedido de habeas corpus. “O colegiado não fundamentou a medida de deixá-lo preso”.

Os outros envolvidos no processo, com situação idêntica a Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o “Nai”; Maurício Louzada Ghelardi, o “Soldado”; Nicolau Aun Júnior, o “Véio ou Nick”; e Ronaldo Duarte Barsotti, o “Naldinho”, foram condenados pelo mesmo crime. Nai deverá cumprir pena de 15 anos de reclusão. Já Soldado e Nick irão ficar 11 anos e quatro meses na prisão. Os mandados de prisão dos três já foram expedidos. “Naldinho” está sumido e, portanto, é considerado foragido.

O caso
A primeira prisão de Edinho aconteceu em 2005. O ex-goleiro foi detido com outras 17 pessoas pela Operação Indra realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em fevereiro, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitas por Edinho.

No dia 30 de maio de 2014, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final da Justiça. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um habeas corpus para liberar seu cliente.

Em novembro do mesmo ano, o ex-goleiro foi detido no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina. Edinho foi solto no dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.

Fonte: Do G1 Santos

 

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