A 2ª fase da Operação Escamoteamento foi deflagrada na manhã desta terça-feira(24) para dar cumprimento a seis mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em Cocal (a 268 km de Teresina). Três cidades são alvo da ação dos policiais e pelo menos três pessoas já foram presas, até o momento: duas em Cocal e uma em Campo Maior.

                  Preso da última operação em Cocal

Esta fase é o um desdobramento da Operação ocorrida em 07 de abril de 2017 e também possui o objetivo de combater crimes de fraude a licitação, crimes contra a Administração Pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro, consumados no município de Cocal-PI, durante os anos de 2013 a 2015.

Os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva estão sendo cumpridos nos municípios de Cocal-PI, Campo Maior-PI e Tianguá-CE.

Participam da operação o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí.

Os presos devem ser trazidos para Teresina. Às 11h, no auditório da Delegacia Geral da Polícia Civil, será realizada uma coletiva a respeito da operação e da investigação respectiva.

Entenda o caso

Na primeira fase, o Gaeco desbaratou a quadrilha que teria desviado cerca de R$ 200 milhões de prefeituras do Piauí, Ceará e Maranhão, envolvendo 62 empresas de fachada. 13 pessoas continuam presas após o Ministério Público requerer a manutenção da prisão preventiva de todos eles e sua posterior condenação pela prática dos crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

No referido período, segundo o MP, a Prefeitura de Cocal efetivou inúmeras contratações de empresas sediadas no Estado do Ceará, com a transferência de vultosos valores, para a execução de obras no município. Contudo, as construções e reformas eram de péssima qualidade.

De acordo com o apurado durante a investigação, as empresas contratadas não tinham capacidade operacional para prestar os serviços indicados. Além disso, foram encontradas diversas semelhanças e afinidades entre os contratados, o que indica a existência de um verdadeiro cartel, cujo objetivo era subtrair recursos públicos através de licitações fraudulentas, inclusive simuladas. Alguns dos sócios dessas empresas, aliás, já haviam sido presos por práticas semelhantes durante a Operação Província II, conduzida pelo Ministério Público do Ceará e pela Polícia Federal em 2011.

Fonte: cidadeverde.com / Caroline Oliveira

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